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Infecções hospitalares ameaçam saúde pública

<p> <i>Novos focos de contamina&ccedil;&otilde;es mostram que o problema est&aacute; longe de ser controlado no pa&iacute;s</i></p>

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Atualizado: 

18/08/2011

Infelizmente, o problema das infecções hospitalares, em geral, só vem à tona quando ocorre um novo surto de contaminações. No entanto, é importante ressaltar que o contágio de pacientes por microorganismos é recorrente nos hospitais brasileiros, tanto públicos quanto privados, e seu monitoramento continua obscuro.

Um bom exemplo da falta de informações sobre o problema ocorreu recentemente quando, em 14 de outubro, a imprensa divulgou que pelo menos 15 pacientes do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB), no Rio de Janeiro, estavam contaminados pela bactéria Enterococcus faeceium, resistente a tratamentos convencionais. Passados somente quatro dias, o hospital anunciou que, na verdade, 42 pessoas foram infectadas pelo microorganismo desde o início do mês. Quatro delas morreram e 22 continuam internadas. O HGB interrompeu novas internações para impedir novas contaminações.

A mesma bactéria também é responsável pelo fechamento de duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de dois hospitais públicos em Recife, Barão de Lucena e Procape. Em Pernambuco, 27 pacientes de três hospitais já foram contaminados pela Enterococcus faeceium desde março deste ano.

Também o hospital municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, é foco do mesmo microorganismo e já infectou quatro pacientes, segundo informações do jornal O Dia Online.

Desrespeito
Ao contrário do que prevê o Código de Defesa do Consumidor no que diz respeito ao direito à informação, os hospitais insistem em esconder esse tipo de ocorrência. A família de uma das pacientes infectadas que morreu no HGB alega que em nenhum momento foi avisada sobre a contaminação pela bactéria e que o quadro dela piorou após a internação.

O Ministério da Saúde não sabe quantas pessoas são vítimas de infecção hospitalar no Brasil, mas é notório que o problema compromete a saúde pública do país. Muitos hospitais não monitoram o problema e a maioria dos que fazem essa análise não disponibiliza informações para os órgãos públicos competentes e, muito menos, para os consumidores.

Diante dessa realidade e por acreditar no poder de organização da sociedade civil, o Idec lançou a campanha "Exijo informação sobre o controle de infecções hospitalares". Por meio dela o cidadão pode enviar mensagem às autoridades responsáveis exigindo que o controle de infecções hospitalares seja feito e as informações sejam divulgadas.

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