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Idec dá dicas para o consumidor não entrar no vermelho na hora de comprar um veículo

<p> <i>Com facilidades de financiamento, ficou mais f&aacute;cil adquirir um autom&oacute;vel, mas &eacute; preciso tomar alguns cuidados para n&atilde;o entrar no vermelho</i></p>

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Atualizado: 

04/08/2011

Medidas como a redução do IPI (Impostos sobre Impostos Industrializados) dos automóveis (válida até poucos dias atrás, a partir deste mês o imposto subirá gradativamente até dezembro), quedas nas taxas de juros e facilidades de financiamento vêm impulsionando as vendas de veículos neste ano. Apesar de torcer para a recuperação e o crescimento da economia, o Idec alerta sobre os riscos de endividamento e a oferta de crédito irresponsável e obscuro.

Só para se ter uma ideia do aquecimento desse mercado, o saldo das carteiras de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e leasing para financiamento de veículos para pessoas físicas chegou a R$ 149,4 bilhões em julho, representando um crescimento de 12,3% sobre o valor registrado no mesmo mês de 2008. Apesar de torcer para a recuperação e o crescimento da economia, o Idec alerta sobre os riscos de endividamento e a oferta de crédito irresponsável e obscuro.

Isso porque, mesmo com o Banco Central interrompendo a trajetória de redução dos juros no mês passado, analistas acreditam que as taxas de juros continuem caindo tanto para as empresas quanto para o consumidor. As estimativas levam em conta três fatores principais: a demanda por financiamentos, que tende a crescer com a retomada da economia; a competitividade entre os bancos privados no crédito para retomar o espaço perdido para as instituições públicas; e a expectativa de queda na inadimplência, recuperando perdas e liberando dinheiro para a concessão de novos financiamentos.

Por essa razão, o Instituto defende que o consumidor fique atento para não se deixar seduzir por promoções aparentemente tentadoras e fugir das ofertas de crédito e financiamento pouco transparentes, sem a informação do custo real do dinheiro, das taxas de juros extorsivas cobradas por bancos e financeiras de maneira direta ou indireta (por meio das redes de varejo).

Cautela na escolha da melhor opção

O ideal, na hora de comprar um veículo ou outro bem de alto valor, é pagar à vista e barganhar o máximo de desconto possível. Isso porque os juros nesse tipo de financiamento são elevados. Taxas acima de 3% ao mês, para financiamentos acima de 48 meses, por exemplo, devem ser evitadas. É preciso se certificar das taxas reais, compará-las antes de fechar o negócio e exigir um contrato.

Portanto, antes de optar por um financiamento, avalie aquele é realmente o melhor momento para a aquisição do bem, se a modalidade de crédito escolhida é a que oferece a melhor relação custo-benefício e se terá condições de manter os pagamentos em dia - considerando não apenas os primeiros, mas todos os meses e eventuais imprevistos que possam ocorrer. O ideal é deixar pelo menos 30% da renda livre para não se endividar.

Diante de um cenário de juros elevados e de variedade de linhas de crédito, é preciso comparar cuidadosamente todas as modalidades, sem se deixar levar pela publicidade que muitas vezes promete vantagens e benefícios irreais ou esconde algumas "armadilhas". Calcule os juros, o prazo, as condições de pagamento e as despesas de contratação.

Sem ter como pagar o carro

Atrasar prestações em dívidas de alto valor, como a compra de um veículo, pode acontecer com qualquer pessoa em momentos de desequilíbrio financeiro. Neste momento, não adianta adiar o problema, é melhor encará-lo de frente e tentar resolvê-lo o mais rápido possível, antes que vire uma bola de neve. Vender o carro para outro particular que esteja disposto e possa assumir o débito pode ser uma alternativa.

Como nem sempre é fácil conseguir um comprador nessas condições, outras opções são tentar renegociar a dívida com a financeira ou devolver o bem amigavelmente - o que apenas "ameniza" o problema. Isso porque, em ambos os casos,