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Idec apoia dossiê sobre impactos de agrotóxicos à base de 2,4-D

Conhecido como Agente Laranja, o princípio ativo oferece riscos graves e irreversíveis para a saúde humana, incluindo o aumento de risco de desenvolver câncer

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Atualizado: 

25/04/2014
O GEA (Grupo de Estudos em Agrobiodiversidade), com apoio do Idec e diversas outras entidades, enviou à ANVISA um dossiê sobre impactos à saúde causados pelos agrotóxicos à base de 2,4-D e pelas plantas tolerantes a esses herbicidas. Conhecido como Agente Laranja, o 2,4-D (2,4-Diclorofenoxiacético) é base de muitos herbicidas que são neurotóxicos e afetam o sistema reprodutivo. São ainda apontados como potenciais carcinogênicos e desreguladores endócrinos. O agente provocou graves problemas de saúde na população exposta ao princípio ativo durante a Guerra do Vietnã. 
 
No dossiê são apontados diversos estudos recentes que permitem considerar o 2,4-D um agrotóxico que oferece riscos graves e irreversíveis para a saúde humana, podendo causar desregulações hormonais, malformações fetais, aumento de risco de desenvolver câncer.
Além disso, o dossiê destaca que todos os possíveis impactos negativos sobre a saúde humana resultantes do uso de herbicidas à base do componente serão amplificados – de modo quantitativo e qualitativo - pelo uso de plantas tolerantes ao 2,4-D, considerando que essa tecnologia tem como objetivo estimular o uso de tal herbicida.
 
A nutricionista e pesquisadora do Idec, Ana Paula Bortoletto, conta que um estudo recente realizado nos EUA, estima que uma eventual liberação de sementes transgênicas tolerantes pode aumentar em até 30 vezes o uso do 2,4-D nas colheitas de milho. O 2,4-D está sendo reavaliado pela ANVISA, que tem o prazo do mês de junho, para apresentar sua posição em relação a manter, restringir ou retirar os produtos com essa substância do mercado. Esse prazo foi estabelecido pelo Ministério Público Federal, que realizou uma audiência pública para discutir o tema e implicações relacionadas à liberação de sementes resistentes ao 2,4-D. Essas sementes já foram desenvolvidas e estão sob análise da CTNBIO.
 
São ao todo, 50 entidades manifestando apoio ao Dossiê, incluindo o Idec, Conselho Federal de Nutricionistas, Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e INCA (Instituto Nacional do Câncer. “O IDEC apoia o Dossiê elaborado pelo GEA e espera que, diante das evidências científicas apresentadas, a Anvisa se posicione pela retirada do uso dessas substâncias no mercado, em prol da saúde da população”, conclui Ana Paula.
 
Confira o Dossiê Completo aqui
 
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