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Grandes frigoríficos anunciam medidas contra desmatamento na Amazônia

<p> <em>Crit&eacute;rios socioambientais adotados para impedir que a Amaz&ocirc;nia continue sendo destru&iacute;da pela expans&atilde;o da pecu&aacute;ria;Grandes frigor&iacute;ficos anunciam medidas contra desmatamento na Amaz&ocirc;nia</em></p>

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Atualizado: 

04/08/2011

Os frigoríficos Mafrig, Bertin e JBS-Friboi - gigantes brasileiros de abate e processamento de carne e couro - anunciaram hoje (05), em São Paulo, os critérios socioambientais adotados para impedir que a Amazônia continue sendo destruída pela expansão da pecuária. Segundo dados do governo federal, a pecuária ocupa 80% das áreas desmatadas da floresta.

O Idec esteve presente ao anúncio e apoia a medida, um esforço de evitar os impactos nocivos das mudanças climáticas. O tema vem sendo tratado pelo Instituto por meio da campanha Clima e Consumo e aponta para a necessidade de o governo federal e as empresas adotarem medidas urgentes para enfrentar a crise climática e a transição pra uma economia de baixo carbono.

No evento, promovido pelo Greenpeace e pela Fundação Getúlio Vargas, as empresas reafirmaram o compromisso público de não aceitar mais fornecedores envolvidos em novos desmatamentos e adotaram um programa de seis pontos que inclui prazos para cadastro de fazendas fornecedoras diretas e indiretas e monitoramento rigoroso do desmatamento ao longo da cadeia produtiva. Outras empresas poderão aderir à iniciativa.

Os critérios são os seguintes: desmatamento zero na cadeia de suprimento, rejeição à invasão de terras indígenas e áreas protegidas, rejeição ao trabalho escravo, rejeição à grilagem de terra e à violência no campo, sistema de rastreabilidade de produção monitorável, verificável e reportável e implantação dos compromissos na cadeia produtiva.

As medidas anunciadas ontem são consequências da divulgação do relatório "Farra do Boi na Amazônia", do Greenpeace, que expôs a relação entre a destruição da floresta e o crescimento da atividade pecuária na Amazônia. A expectativa é que o monitoramento proposto pelos frigoríficos desestimule os fornecedores a continuarem desmatando para a atividade pecuária, sob o risco de não conseguirem comercializar os bois.

O desmatamento das florestas tropicais é responsável por cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa, mais do que o total emitido por todo o setor de transporte no mundo.