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Fórum Social Mundial 2011 aprofunda tema da sustentabilidade social e ambiental

<p> <i>Discuss&otilde;es sobre estrat&eacute;gias para as pr&oacute;ximas confer&ecirc;ncias clim&aacute;ticas foram destaques no FSM</i></p>

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Atualizado: 

25/07/2011

A assembleia "Mapa das próximas lutas: COP 17, Rio+20 e subsequentes", encerrou na quinta-feira (10/52) o ciclo de debates promovidos pelo GRAP (Grupo de Reflexão e Apoio do Processo do Fórum Social Mundial). O tema geral do debate foi "A busca de paradigmas de civilização alternativos e agenda de transformação social". O FSM deste ano ocorreu em Dacar, Senegal.

Em um auditório lotado, com mais de 200 pessoas, dialogou-se sobre a agenda de processos em curso relacionados às mudanças climáticas, promoção de desenvolvimento sustentável social e ambiental, justiça e maior transparência nos processos multilaterais como o G-20. O debate de maior destaque foi sobre as estratégias de preparações para as cúpulas de Durban (COP-17), que será realizada no fim de 2011 e Rio +20, que acontecerá em maio de 2012.

A partir do seminário, foram expostas estratégias criadas para viabilizar "o outro mundo possível", acalentado pelo FSM desde sua criação. As estratégias ainda seguem em debate, mas no futuro poderão viabilizar a construção de uma visão compartilhada que contemple a diversidade de posicionamentos dos representantes dos vários movimentos sociais presentes ao evento.

De concreto, chegou-se ao consenso de que a Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro (Rio +20) é uma excelente oportunidade para dialogar e pressionar líderes de governos e empresas sobre "o modelo de desenvolvimento" que temos e o que queremos.

Para a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux, a Rio + 20 deve propor algo mais concreto. "A Conferência deve ir além de somente fazer um balanço do que ocorreu da Rio 92 para cá em matéria de preservação de meio ambiente", afirmou Adriana. "A Rio +20 tem de ser mais que uma das conferências de clima, que vem adiando um acordo com forca de lei que comprometa todos os países a baixarem as emissões de gases de efeito estufa", acrescentou.

Entretanto, para que esse momento de virada realmente aconteça, para que se passe do discurso à ação imediata de forma mais profunda e multidimensional, que já tarda, é preciso sensibilizar a sociedade civil. "É ela, e somente ela, que poderá fazer do espaço da conferência das nações unidas um espaço vivo, não burocrático", destaca Adriana.

As preparações para as cúpulas de Durban (COP-17) e Rio + 20 também tiveram destaque na Declaração da Assembleia dos Movimentos Sociais. No texto se indica o atual sistema de produção, distribuição e consumo como as causas da mudança climática. A falta de comprometimento das corporações e governos também foi apontada.

O FSM terminou oficialmente no dia 11 de fevereiro de 2011. Em janeiro de 2012 está marcado FSM temático em Porto Alegre, momento de ensaio geral em território brasileiro que mostrará o que poderá ser a Rio +20.

Idec e o consumo sustentável
O Idec vem participando de encontros e articulações que colaborem para a construção da participação da sociedade civil no processo da Rio +20. O Instituto entende que sensibilizar os consumidores de múltiplas formas é essencial para ampliar o alcance da conferência e acelerar a adoção de padrões produção e consumo sustentável que de fato viabilizem no cotidiano das pessoas a adoção de um estilo de vida mais condizente com os limites da natureza.