O Idec marcou presença no Salão do Automóvel nesta sexta-feira (26/10) com a campanha de Etiquetagem Veicular, destacando a importância de a etiqueta de eficiência energética se tornar obrigatória. O Instituto defende que o consumidor tem direito a essa informação e as montadoras já têm a capacidade de apresentá-la. Assim, será possível que os consumidores incluam critérios mais sustetáveis ao escolher o automóvel que irá comprar.

 

O Salão Internacional do Automóvel é o maior evento automotivo da América Latina. O evento acontece de 24/10 a 4/11 no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

 

 

Entenda o PBEV

O regime automotivo, definido para o período entre 2013 e 2017, estabelece que o fabricante habilitado a ter os incentivos fiscais pelo IPI reduzido deverá alcançar a meta de eficiência energética de 10% de seus veículos. Além disso, a montadora também terá de adotar três de quatro critérios estabelecidos, dentre eles a adesão ao PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular). “Para cumprir a meta de eficiência energética, as montadoras já terão que mensurar o consumo de seus veículos e, por isso, faz sentido que o PBEV seja obrigatório”, afima o pesquisador do Idec, João Paulo Amaral.

 

Hoje, 50% dos modelos das montadoras, participantes do PBEV, já devem contar com a etiqueta de eficiência energética. Até 2017, esse número deve alcançar 100% dos modelos. "No entanto, o caráter voluntário do programa pode significar que algumas fabricantes não queiram participar", conclui Amaral.

 

 

Pesquisa

O Idec publicou em setembro uma pesquisa apontando que apenas 11 dos 107 modelos dos carros que participam do PBEV, e que representam apenas um terço do mercado, possuem, no momento da compra, a etiqueta que informa o consumo de combustível do automóvel ao consumidor.

 

Em pesquisa anterior, publicada em maio de 2012, foi verificado que as empresas praticam duplo padrão: nenhuma das 14 montadoras avaliadas informa para os consumidores brasileiros a eficiência energética e as emissões dos veículos comercializados no País, enquanto 13 das 14 montadoras avaliadas fornecem informações sobre esses aspectos aos consumidores em seus países de origem e/ou em seus websites globais.

 

Desde 2009, o Idec vem realizando pesquisas sobre a disponibilidade e a clareza da informação para o consumidor e constatou que, mesmo depois de três anos da existência do PBEV, ainda é baixo o grau de adesão das montadoras ao programa.