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Plataforma é fruto de uma coalizão de 17 organizações pelo mundo e será lançada em evento com presença de lideranças estrangeiras e membros do Idec envolvidos no trabalho. Proposta é apresentar os reais impactos dos bancos na sociedade</div>
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10/02/2015
Atualizado:
13/02/2015

Pela primeira vez, o projeto reúne representantes de todos os países envolvidos em um lançamento nacional. O evento será fechado e contará com convidados como Ted van Hees (coordenador da pesquisa pela Oxfam-Novib BankWiser International) e os pesquisadores Imad Sadi (Oxfam-Novib BankWiser International), responsável pelo desenvolvimento do trabalho, e Peter Ras (Oxfam-Novib). Pelo Idec, compõe o ciclo de apresentações Elici Maria Checchin Bueno (coordenadora-executiva), Carlos Thadeu de Oliveira (gerente técnico), Teresa Liporace, (assessora de projetos), Lucas Salgado (consultor do projeto) e Ione Amorim (economista do Idec).
Entenda o GBR
Trata-se de uma plataforma online que engloba a pesquisa de estudos de práticas bancárias - como abertura de contas, contratação de crédito e quitação antecipada de crédito - feita pelo Idec, e o trabalho de análise de políticas socioambientais dos seis maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC Itaú e Santander) por meio da análise de relatórios anuais e de sustentabilidade, políticas de risco e outras informações e documentos publicados por essas instituições financeiras.
O resultado aborda treze grandes temas: armas, transparência; impostos; alimentos; meio ambiente; mudanças climáticas, geração de energia, mineração, óleo e gás, remuneração, florestal, direitos humanos e direitos trabalhistas. Oferece também ferramentas interativas para comparação entre bancos e de mobilização social para melhoria das instituições bancárias, além de notícias e informações úteis que podem auxiliar o consumidor no processo de troca de instituição financeira, em caso de insatisfação. A plataforma possibilita ainda ao usuário consultar o desempenho de seu banco por meio do acesso a informações detalhadas, que a maioria dos consumidores desconhece, organizadas de forma clara e simples, como fontes de investimento, relações trabalhistas e estudos de caso.
O usuário pode saber, por exemplo, qual é o papel e a forma de atuação do seu banco em relação a empresas que atuam no setor de armas ou como ele se engaja no fomento a geração de energia renovável. A pesquisa também investiga as políticas e a tolerância dos bancos a atividades com implicações e riscos socioambientais comprometedores, como relações de trabalho injustas, bem estar animal e desmatamento.
A importância do GBR
No site do Idec também é possível ter acesso à série de pesquisas sobre práticas bancárias que o Idec desenvolveu durante 2014. Está disponível também a comparação de aspectos entre diferentes bancos, o que facilita ao consumidor uma reflexão sobre seu vínculo com instituições que influenciam de forma decisiva a sociedade e as condições de vida atuais. Em caso de insatisfação generalizada, o site fornece duas ferramentas de mobilização. A primeira é a possibilidade de envio de um e-mail diretamente para a área de Sustentabilidade do Banco. Caso a insatisfação seja maior, o site apresenta informações e dicas que podem auxiliar o usuário a trocar seu banco por outra instituição com melhor desempenho.
“Essas ferramentas incentivam o usuário a assumir um papel mais proativo na mobilização por instituições financeiras mais responsáveis, seja enviando uma reclamação a determinado banco ou até parabenizando-o por possuir práticas exemplares”, observa Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec. Há um incentivo à busca, não somente por melhores práticas, mas por compromissos essenciais e ações que vão além do patamar exigido pela legislação. “Temos um reconhecimento do papel-chave do setor financeiro em aperfeiçoar não apenas as práticas bancárias mas também as das empresas que são seus clientes e fornecedores, a fim de garantir o acesso a uma sociedade mais justa, equilibrada, ética e sustentável”, explica Ione Amorim, economista do Idec.