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Atualizado:
Até o início desta semana, quase 100 eventos já estavam confirmados em várias cidades do país para marcar o terceiro dia de ação global da campanha Tic Tac, programado para amanhã (24). Em parceria com a 350.org, as atividades visam à sensibilização dos governos que participarão da CoP 15 (15ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que acontece em dezembro, em Copenhague.
As mobilizações no Brasil serão somadas a quase 4 mil ações que acontecerão na mesma data e com o mesmo intuito em 161 países. O Idec apoia a iniciativa e também vem discutindo a questão do aquecimento global por meio da campanha Clima e Consumo.
Dentro da programação prevista pra sábado, acontece o show da banda de pop-rock Sananda, no Parque do Carmo, em São Paulo. No Rio de Janeiro, um grupo se concentrará em frente ao Copacabana Palace (onde está o relógio da Campanha) para caminhar e coleta de assinaturas para o abaixo assinado.
Em Minas Gerais, o estádio do Mineirão receberá os participantes da campanha para fazer o aquecimento do jogo Atlético e Vitória. Em Brasília, estudantes, parlamentares e funcionários comporão o número 350 em frente ao Congresso Brasileiro.
As atividades de amanhã destacam ainda a necessidade de políticas que limitem a concentração de CO2 em 350ppm, limite constatado pela NASA, pesquisadores e ambientalistas como aceitável para a atmosfera. Esse índice representa uma mudança profunda no atual debate climático. Por anos, cientistas discutiram a possibilidade de limitar a concentração de CO2 em 450ppm. Atualmente a concentração deste gás é de 390ppm.
Plataforma da campanha
Os principais pontos da campanha Tic Tac são:
- Garantir que o aquecimento global ficará bem abaixo dos 2°C em relação à média histórica, estabelecendo metas e mecanismos para que, antes de 2020, comecem a decrescer as emissões globais de gases do efeito-estufa.
- Reduzir as emissões dos países desenvolvidos em pelo menos 45% até 2020, frente aos níveis de 1990.
- Estabelecer objetivos mensuráveis, verificáveis e reportáveis para redução substancial das emissões de países em desenvolvimento emergentes e em rápido crescimento econômico, viabilizados por medidas apropriadas a cada país.
- Apresentar medidas concretas de mecanismos e compromissos de aportes financeiros para apoiar países em desenvolvimento na estabilização e posterior redução de emissões, e na sua adaptação às mudanças climáticas.
- Aprovar a criação de soluções e mecanismos de REDD (Reduções de Emissões Associadas ao Desmatamento e à Degradação Florestal), justos e aplicáveis a curto prazo.
- Promover a sustentabilidade e dignidade do desenvolvimento humano e a integridade dos processos ecológicos, mediante a transformação da economia e o fortalecimento da democracia.