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Agrotóxicos: relatório da Anvisa aponta dados alarmantes

<p> <em>Alimentos que chegam &agrave; mesa dos brasileiros est&atilde;o contaminados</em></p>

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Atualizado: 

01/08/2011

Os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) divulgados esta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são alarmantes: boa parte da comida que chega à mesa dos brasileiros está contaminada com agrotóxicos não autorizados e que apresentam alto risco para a saúde.

Dos 20 alimentos analisados, em 15 foram encontradas substâncias que estão em processo de reavaliação toxicológica pela Anvisa. Isso significa que, diante dos efeitos negativos apresentados pelo veneno, a agência está estudando a proibição de seu uso.

Foi identificada ainda a presença de resíduos agrotóxicos acima do limite permitido e de veneno não autorizado para aquela cultura. Os casos mais problemáticos foram os do pimentão (80% das amostras insatisfatórias), uva (56,4% das amostras insatisfatórias), pepino (54,8% das amostras insatisfatórias), e morango (50,8% das amostras insatisfatórias).

Outro que apresentou irregularidades, embora em menor escala (apenas 3% das amostras), foi o feijão. Como o teste realizado pelo Idec e publicado em outubro de 2009, a análise da Anvisa identificou a presença do agrotóxico Endossulfan, que além de proibido para a lavoura do feijão, faz parte da lista de ingredientes em reavaliação pela agência, já que está associado a danos aos sistemas nervoso e imunológico, além de alteração hormonal e malformações embriofetais.

Veja aqui mais informações sobre o PARA 2009.

Informação e cuidados
Realizado desde 2001, o PARA é uma medida fundamental para garantir aos consumidores o direito de saberem o que comem. Este ano, o programa incluiu mais culturas em sua análise, o que é muito positivo.

No entanto, o Idec considera que falta informar o local de coleta das amostras que apresentam irregularidades. "O consumidor sabe que 80% das amostras de pimentão têm problemas. Mas de onde é esse pimentão? O alimento comercializado em São Paulo não tem a mesma origem do comercializado no Acre, por exemplo", comenta Mirtes Peinado, consultora técnica do Idec.

Enquanto não se sabe ao certo a origem dos alimentos irregulares, é importante tomar alguns cuidados para evitar o risco de consumir alimentos com venenos além da conta ou mesmo proibidos.

A melhor saída é optar por alimentos orgânicos, que não utilizam produtos químicos em sua produção. Uma pesquisa do Idec, publicada em abril deste ano, mostra que as feiras especializadas ofertam orgânicos a preços mais em conta em relação aos supermercados e à entrega em domicílio.

Quando comprar alimentos convencionais, prefira os da época e de origem identificada.

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