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No segundo dia de sustentações orais no julgamento de processos que discutem planos econômicos, quinta-feira (28/11), o Plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) ouviu o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e os amici curiae do processo, representantes dos bancos e dos poupadores, incluindo o Idec.
O julgamento começou no dia 27/11 para discutir o direito às diferenças de correção monetária nas cadernetas de poupança, em razão dos expurgos inflacionários decorrentes dos planos econômicos: Bresser, Verão e Collor I e II.
O advogado representante do Idec Walter Faiad, em sua fala, defendeu os poupadores e lamentou que o Banco Central não esteja ao lado dos brasileiros nesta batalha: "A diferença da granada oca polonesa, jogada nos calouros para distraí-los, é que esta [granada oca] vem trazida não pelos advogados dos bancos, que se pouparam a discutir a questão da constitucionalidade, mas veio pela mão do Estado. Isso me surpreendeu" disse Faiad.
No final da defesa o advogado faz um apontamento esperançoso sobre a forma dos consumidores mobilizados, confira o trecho transcrito abaixo e veja a fala na integra no vídeo a seguir.
"Este “pode tudo” da atividade bancária não pode ter guarida aqui [STF], qualquer que seja a discussão travada. Cuidado com as pequenas andorinhas! Cuidado com o indivíduo! Porque é a andorinha que alimenta o sistema. Nós somos a sola do pé do Estado. É nas asas do Supremo que queremos ver que o indivíduo pode. E eu espero que essa andorinha faça Verão, Bresser, Collor I e Collor II."
Vejam um trecho da fala do advogado e assistam o vídeo na íntegra aqui.
"O Supremo não julga pela capa da Veja, sobretudo porque a capa da Veja, assim como todos os relatórios que informam esse discurso terrorista dos bancos, infelizmente, incorporado pelo governo, são, ministro Joaquim Barbosa, falsos do início ao fim. Nem todo dinheiro da poupança ia para o Sistema Financeiro de Habitação. Os peritos da Procuradoria Geral da República concluíram que, de fato, havia em todos os planos, em maior ou menor grau, a chamada faixa livre, para aplicar fora dos mesmos índices que os bancos repassaram aos poupadores. Isso deu 441 bilhões de lucro aos bancos, de faturamento".
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