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Seguimos este mês de novembro comemorando e enaltecendo os 10 anos do Guia Alimentar para a População Brasileira e queremos saber: você conhece as pessoas pesquisadoras que ajudaram a elaborar esse documento tão importante? Vem ler tudo, pois dedicamos esta edição a evidenciar essas pessoas e como elas avaliam que foi a aplicação do documento no cotidiano da alimentação adequada e saudável no Brasil.
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Existe ciência em muita coisa no nosso cotidiano, inclusive na área da alimentação.
Quer um exemplo? Aquela lupa de ‘alto em’ nas embalagens de produtos no supermercado é resultado de muito estudo e discussão.
A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) regulamenta fórmulas infantis e protege a amamentação e a alimentação infantil no Brasil.
A catalogação de espécies de frutas, verduras e legumes e o modo de preparo preservando culturas tradicionais, é um outro exemplo de pesquisa.
E nós do Idec acreditamos que é essencial humanizar e defender a produção científica sobre alimentação adequada e saudável.
Afinal, precisamos levar o Guia Alimentar para o maior número de pessoas, tornar acessível e palpável que uma alimentação adequada auxilia na promoção de saúde, na prevenção de doenças e na qualidade de vida coletiva.
Então vamos valorizar o trabalho dessas pesquisadoras? Conheça a seguir algumas das cientistas que contribuíram na construção do Guia Alimentar para a População Brasileira.
Que o relato delas possa auxiliar na promoção de melhores escolhas alimentares, que possamos enquanto sociedade seguir na luta pelo amplo acesso a uma alimentação segura e equilibrada para toda a população.
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“O Guia ainda não faz parte do cotidiano das pessoas, para isso precisa estar presente tanto nos espaços coletivos como nas casas. No espaço coletivo ele adentra a partir de ações regulatórias como leis e nas casas a partir do conhecimento do seu conteúdo e incorporação de suas recomendações no cotidiano das famílias. É preciso conhecer o Guia e apresentá-lo para mais pessoas. A partir daí podemos atuar em coletivos que defendam a comida de verdade e realizem ações para diminuir a oferta de alimentos ultraprocessados nos espaços, em especial nas escolas e defender a criação de mais espaços que ofertem comida de verdade para todos”.
Ana Carolina Feldenheimer, nutricionista, Professora Associada – INU/UERJ e membro do Núcleo Gestor da Aliança pela alimentação adequada e saudável
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“A implementação e avanço de políticas públicas desde o lançamento do Guia Alimentar foi desafiadora, mas essencial para incorporar práticas alimentares mais conscientes no cotidiano das pessoas. Todos podemos ser ativistas ao priorizar alimentos frescos e minimizar os ultraprocessados, além de apoiar campanhas e ações de mobilização da sociedade para o avanço de medidas alinhadas ao Guia”.
Ana Paula Bortoletto, nutricionista,doutora em nutrição em saúde pública, professora no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP
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“O Guia Alimentar foi desenvolvido para ser um documento de educação alimentar e nutricional e um orientador de políticas públicas. Mas é muito interessante ver que ele também teve e tem um papel de orientador da agenda de pesquisa em Alimentação e Nutrição no Brasil e no mundo. O pioneirismo do Brasil de publicar suas recomendações oficiais tem como um de seus referenciais uma boa teoria (a Classificação NOVA) e em evidências disponíveis à época (ainda não tão volumosas) fez com que a ciência se movesse!”
Daniela Canella, nutricionista pela UFG, mestre e doutora em Nutrição em Saúde Pública pela USP e docente do Instituto de Nutrição da UERJ
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“O Guia Alimentar tem impulsionado políticas públicas no Brasil e no mundo. Sua implementação se concretiza quando todas as brasileiras e brasileiros colocam ‘arroz e feijão’ no prato. O Estado brasileiro tem avançado e precisa avançar em políticas públicas da produção ao consumo que apoiam o acesso e consumo de alimentos saudáveis. O marco dos dez anos do Guia é termos um presidente da República que assina decretos reconhecendo que ultraprocessados não fazem parte da cesta básica e não devem estar no ambiente escolar”.
Gisele Bortolini, gestora pública, Coordenadora-Geral de Promoção da Alimentação Saudável, Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome
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“Participei da elaboração do Guia, e desde então, venho trabalhando para que suas recomendações balizem as políticas, como por exemplo, a nova cesta básica. Atualmente, considerando a relação entre os sistemas alimentares e a crise climática, suas causas e consequências, estamos junto com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), elaborando o Marco de Referência de Sistemas Alimentares e Clima. O Marco apresentará princípios e diretrizes que orientem políticas e ações de mitigação e adaptação à crise climática”.
Janine Coutinho, nutricionista sanitarista, mestre e doutora em nutrição. Consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e pesquisadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição (OPSAN/UnB)
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“A construção do Guia Alimentar foi um processo colaborativo e participativo, envolvendo oficinas com diversos setores da sociedade e uma consulta pública ampla, com mais de três mil contribuições. Nos baseamos nas evidências científicas, mas igualmente nos orientamos por outras formas de conhecimento sobre alimentação, respeitando as tradições e cultura da população brasileira. O Guia é uma ferramenta legítima e democrática, para promover uma alimentação saudável e sustentável”.
Maria Laura Louzada, professora doutora da Faculdade de Saúde Pública da USP e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP)
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“Foi uma ousadia construir o primeiro Guia Alimentar do mundo com orientações expressas para evitar o consumo de ultraprocessados, mas estávamos muito convictos da nossa proposta. Além da segurança na nossa produção científica, livre de conflitos de interesses, nós contamos com vontade política. Dez anos depois, ainda há muito trabalho a ser feito - mas seguimos com a certeza de que o Guia tem cumprido seu papel de indutor de políticas públicas, referência no Brasil e no mundo”.
Patrícia Jaime, nutricionista, professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Mestre e Doutora em Saúde Pública pela USP
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RETROCESSO
😡 Informação sobre transgênicos foi relativizada
Após mais de 20 anos que o símbolo ‘T’, de transgênicos foi criado, a Segunda Turma do STJ decidiu que as fabricantes de produtos alimentícios somente teriam que informar a composição transgênica a partir de 1% da presença de organismos geneticamente modificados. Nós do Idec, junto ao Ministério Público Federal, movemos uma ação para que alimentos com qualquer percentual de transgênicos fossem rotulados (ainda que com menos de 1%). Ainda cabe recurso da decisão. Superior Tribunal de Justiça
IMPACTANTE
🔬 A ciência constatou
Em mais um estudo foi possível constatar os efeitos nocivos do consumo excessivo de açúcar no organismo. Com base no banco de dados de crianças nascidas entre 1951 e 1956 e como foi a exposição ao açúcar nos primeiros mil dias de vida. O Tempo
LEIA
🚨 Faz mal (também) para o meio ambiente
A reportagem apresenta pontos sobre como a produção de ultraprocessados envolve processos industriais complexos e o uso de ingredientes como aditivos químicos, que, a longo prazo, podem causar desequilíbrios ecológicos e aumentar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Jornal da USP
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Fatias de frescor
Ela é composta por 90% de água e quando refrigerada, morder uma fatia realmente representa um frescor. Já sabe o que é? A melancia é originária das regiões de clima tropical na África, se desenvolveu bem em outros países, como o Brasil e a variedade de melancia mais consumida no país é a Crimson Sweet, um cultivares de melancia de origem estadunidense.
Bom mesmo é saborear uma fatia e consumi-la in natura mas a fruta rende bons sucos, molhos para macarrão e a casca verde é possível passar no ralador e refogar, fica parecendo um chuchu refogado, fica incrível!
Parece uma margaridinha
A guasca é um convite para você aguçar sua observação para plantinhas que brotam em praças e canteiros. Ela tem o miolo amarelo e as pétalas brancas e lembra uma margarida, porém menor. Essa erva também é conhecida como galinsoga, picão-branco ou erva-da-moda (em Portugal) pode ser encontrada em locais com sol, úmidos ou secos.
A guasca compõe a culinária colombiana, por lá ela é utilizada desidratada e moída podendo ser utilizada para temperar sopas, cozidos e carnes.
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Molho de melancia
Não duvide, com pimentões, cebola e especiarias a melancia que estava na oferta da feira pode ser apreciada in natura em um lanche da tarde e também virar esse precioso molho.
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Torta de legumes
A massa é fácil e rápida de fazer, não requer sova e fica bem crocante depois de assada. O recheio de legumes é tudo aquilo que tem na geladeira. A abobrinha do mês, espinafre e outras hortaliças. Aliás, já assou o rabanete?
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Sopa de milho, batata e guasca
As folhas dessa panc maravilhosa, deixam esse preparo ainda mais saboroso, mas não é o único recurso para usá-las. Vão bem em recheios, molhos e patês. Deixe a imaginação fluir na cozinha!
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Somos uma organização de consumidores independente e sem fins lucrativos que atua em defesa dos nossos direitos em diversas áreas relacionadas ao consumo. Seja pressionando autoridades, denunciando empresas ou trazendo informação útil às pessoas, lutamos também pelo nosso direito a uma alimentação adequada, saudável e sustentável.
Por isso, se você puder, associe-se ao Idec para contribuir com nosso trabalho e ainda conte com vantagens e conteúdos exclusivos para exigir seus direitos. Com R$ 15 já é possível fazer grande diferença!
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