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Desde 2022, a população brasileira vem tendo contato com embalagens de produtos alimentícios contendo a lupa de “alto em”. E para contribuir no entendimento da percepção de pessoas consumidoras à nova rotulagem nutricional frontal, nós do Idec fizemos uma análise das publicações disponíveis na rede social X (antigo Twitter) e os resultados são bem interessantes. Acompanhe.
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Você sabia que nós do Idec integramos em 2014 o Grupo de Trabalho coordenado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para elaborar uma proposta de rotulagem nutricional frontal?
Isso mesmo! Por aqui, defendemos o seu direito de saber o que come e de ter relações de consumo mais justas, além de termos incidência em estudos técnicos que garantem o direito humano à alimentação adequada.
Então, além de buscar evidências científicas sobre o melhor modelo para alertar a população sobre o alto teor de nutrientes que fazem mal à saúde em produtos alimentícios, encerrado o prazo de implementação, precisávamos compreender como a sociedade reagiu à presença da lupa nas embalagens.
Para tanto, realizamos uma análise de como consumidores brasileiros discutiram e se posicionaram em relação à lupa na rede social X (antigo Twitter), desde a aprovação da norma até o encerramento do primeiro prazo de implementação.
E antes de entrar no estudo em si, vamos recapitular como foi o processo de efetivação da rotulagem nutricional frontal.
A norma foi aprovada em outubro de 2020 e entrou em vigor apenas em outubro de 2022, com um cronograma de implementação gradual, considerando o prazo de:
- 8 de outubro de 2023 para produtos disponíveis no mercado
- 8 de outubro de 2024 para produtos provenientes de pequenos produtores
- 8 de outubro de 2025 para bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis.
Mas, devido à interferência da indústria no processo, o primeiro prazo final de implementação foi adiado de outubro de 2023 para abril de 2024.
E para entender a percepção das pessoas desde as primeiras embalagens com a presença da lupa, analisamos as publicações realizadas durante o período de outubro de 2020 a abril de 2024 na rede social X.
Foram avaliadas 2.323 publicações em língua portuguesa, de perfis pessoais e, de acordo com as palavras-chave e o teor das postagens conseguimos catalogar oito principais categorias temáticas. Veja só o que foi falado por lá:
- Os “nutrientes críticos" (açúcar, gordura saturada e sódio) são as palavras mais citadas em todas as categorias. Em alguns casos, são mencionados de forma técnica, mas também com ironia e humor. Muitas publicações apenas registraram rótulos de “alto em”, sem expressar julgamento, sendo o açúcar adicionado o nutriente crítico mais citado.
- O segundo eixo abrangeu comentários com dúvidas, questionamentos e ponderações sobre a eficácia, preocupações com a composição nutricional e até desabafos em respostas emocionais aos rótulos.
- Na categoria "sem impacto," constatamos que a presença da lupa não alterou a percepção ou a intenção de consumo do produto, podendo até gerar interesse adicional nos casos de produtos com a lupa em que estavam previamente relacionados com prazer ou alívio.
- Durante o período de análise, outro eixo observado foi o de pessoas relatando que a presença da lupa influenciou nas decisões de compra, gerando desinteresse ou rejeição pelos produtos rotulados.
- Os “aspectos regulatórios” foram uma temática que teve uma curva maior de comentários no início do estudo, com destaque para: 1) críticas à interferência da indústria na promoção de um modelo de rotulagem nutricional frontal pouco alinhado à ciência, 2) modelo gráfico adotado pelo Brasil, e 3) pontos de corte para a declaração da lupa serem considerados permissivos. Essas críticas estavam ligadas à defesa do direito das pessoas consumidoras a informações claras. Com o tempo, o tom das postagens mudou, e os elogios à Anvisa pela aprovação da norma tornaram-se mais frequentes.
- Teve muita gente que usou a rede social para apoiar a implementação da norma e destacou os benefícios atribuídos à lupa como uma ferramenta que contribui para maior clareza e transparência das informações.
- As publicações que circularam sobre o eixo saúde abordaram os riscos relacionados ao consumo de produtos com a lupa, incluindo menções a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e a relação com esses nutrientes críticos, tanto na prevenção quanto no controle de condições já existentes.
- Outros temas que apareceram com frequência inferior a 1% foram agrupados. Essas publicações abordaram questões isoladas ou menos recorrentes, como insatisfação com marcas específicas, contradições percebidas entre a lupa e outras alegações nutricionais ou de publicidade, além do uso estratégico do tamanho da porção ou do peso líquido para destacar ou ocultar certas informações nutricionais.
Portanto, seja usando do humor como “alto em ódio” ou contribuindo com debates mais técnicos sobre o assunto, fato é que houve um engajamento das pessoas consumidoras ao longo do tempo na rede social X, indicando que a rotulagem nutricional frontal se tornou um tema de crescente interesse e relevância pública.
E esse movimento era esperado e necessário, afinal, a lupa indicando o alto teor de açúcar, gordura saturada e sódio, é um marcador essencial para aumentar a visibilidade dos nutrientes críticos e auxiliar as pessoas consumidoras a fazer escolhas melhores e mais informadas.
E você, como reagiu à implementação da lupa?
Assista ao vídeo sobre essa importante conquista e nos ajude a seguirmos vigilantes e cobrando mais avanços em políticas públicas.
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ABSURDO
✊🏼 Pressione os parlamentares
Não podemos permitir que a indústria fabricante de refrigerantes pague menos imposto do que uma água mineral. Eles estão tentando fugir da tributação e, através de uma manobra, estabeleceram um teto de apenas 2% de imposto no PLP 108/2024. Xepativismo
INCRÍVEL
🥣 Eu vou tomar um tacacá…
O tacacá, um dos pratos mais tradicionais da Amazônia brasileira, acaba de ter seu modo de preparo reconhecido como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Entre os tantos benefícios da medida, o registro é uma preservação da memória, ajuda a combater a apropriação indevida ou a descaracterização, além de promover o respeito à diversidade cultural. Casa Ninja Amazônia
ASSISTA
🖥️ O custo para a saúde e a ciência
Em meio a tantos canais e fontes de informações, cresce o desafio de pesquisadores das diversas áreas (saúde, comunicação, etc…) em conseguir visibilidade e trazer as outras versões dos fatos postos por quem comanda as informações por meio do lobby e dos interesses particulares. Esse foi um tópico debatido dentro da aula: “Informação nutricional, escolhas alimentares e saúde pública” do curso de Divulgação Científica para Comunicadores e Jornalistas, da Universidade de São Paulo (USP). YouTube
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Mariana Ribeiro
Nutricionista e analista de políticas públicas do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec – @idecbr
O que encontramos neste estudo é um sinal de que a rotulagem nutricional frontal, a famosa lupa, entrou no radar de uma parcela das pessoas consumidoras. Esse crescimento de interesse sobre o assunto revela que a população não apenas observou a política, mas a interpretou, a debateu e a incorporou no seu dia a dia.
No Idec, a nossa incidência está presente em diferentes momentos da política pública. A aprovação de leis e normas é extremamente importante, mas as etapas de implementação e monitoramento são fundamentais para colocar em prática e avaliar o avanço conquistado.
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Apropriada para o reflorestamento
A lichia (Litchi chinensis), originária do sul da China, percorreu um longo caminho até se tornar presença frequente em feiras e mercados brasileiros. Sua casca rugosa e avermelhada virou marca registrada, criando uma aparência quase mítica ao redor da fruta. Com a expansão das rotas comerciais, a lichia ganhou o mundo e passou a integrar diferentes tradições culinárias e festivas.
No Brasil, se adaptou bem ao clima nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, atualmente os maiores produtores da fruta. Seu sabor delicado e perfume característico fizeram dela uma queridinha para compotas, sobremesas e bebidas. A lichieira é uma árvore muito indicada para ações de reflorestamento, preservação ambiental, arborização urbana ou plantio doméstico. Muitos confundem a lichia com o rambutan (Nephelium lappaceum). Apesar do tamanho da cor e da consistência mucilaginosa parecida, a principal diferenciação é que a casca da lichia é lisa e a do rambutan tem espinhos.
Ciclo curto
A rúcula, é uma hortaliça originária da região do Mediterrâneo, apreciada na Antiguidade por gregos e romanos e com seu sabor marcante, ganhou espaço em diferentes tradições culinárias europeias antes de chegar ao Brasil, onde rapidamente conquistou hortas domésticas. Sua fama de planta “rápida e prática” não é à toa: cresce com facilidade e tem ciclo curto. No cultivo caseiro, a rúcula se adapta bem a vasos, jardineiras e canteiros pequenos, exigindo apenas boa drenagem e algumas horas de luz por dia.
Tudo é rúcula, mas existem variedades da mesma espécie. Por exemplo, a rúcula gigante da folha larga, uma variedade que tem a folha bem aberta e o sabor mais suave entre todas as variedades. Uma curiosidade é que, se colhida jovem, estimula novas brotações, garantindo folhas frescas por mais tempo. Além disso, costuma florescer rapidamente em clima quente, produzindo flores comestíveis que atraem insetos polinizadores e deixam a horta ainda mais viva.
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Vinagrete de melão
Será essa uma receita promissora para a cota de inovações nas ceias de fim de ano? Aproveite a safra da fruta para inovar no vinagrete.
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Pimentão com mostarda e mel
Essa é uma proposta de aperitivo, mas, por que não, de um acompanhamento para massas, por exemplo? O pimentão fica macio, adocicado, e junto com a mostarda e o mel, o resultado final é um molho agridoce, levemente picante.
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Molho pesto de rúcula
O molho fica encorpado e o amargor da folha não sobressai, vale a pena fazer para qualquer ocasião, combina com tudo, até no pão.
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