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Ei, você aí, não acha que seria ótimo uma alimentação escolar totalmente orgânica? Em 2015, na cidade de São Paulo, foi aprovada uma Lei que deveria garantir 100% de alimentos sem veneno na rede pública de ensino até 2026, porém nem 4% foi atingido ainda.
Vem entender como queremos fazer a Lei ser cumprida e a importância de construirmos uma política pública com participação social e de vários setores.
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A cidade de São Paulo é um dos maiores centros comerciais do Brasil e também da América Latina, mas não acumula apenas esses títulos. É a mais populosa do país, com quase 12 milhões de habitantes.
E em 2023, segundo o Observatório do Clima, foram emitidos aproximadamente 14,47 milhões de toneladas de gases poluentes no município.
Diante disso, é importante desenvolvermos esse fio sobre alimentação, destacando que a prefeitura de São Paulo serve 2,3 milhões de refeições diariamente para mais de 1 milhão de alunos na cidade e esses alimentos precisam vir de um sistema de produção saudável e sustentável.
Afinal, não custa lembrar: o sistema alimentar atual, o cultivo de monoculturas e o uso de agrotóxicos têm agravado a crise climática.
Para construir uma São Paulo - e outras cidades - mais verde, reconectada à natureza, incentivando a promoção da agricultura familiar, com uma cadeia produtiva justa e solidária e fornecendo alimentação escolar saudável com alimentos agroecológicos oriundos da agricultura familiar é que nós do Idec, junto à você, precisamos cobrar o direito das crianças e adolescentes a uma alimentação escolar sem veneno, 100% orgânica!
10 anos da Lei de Orgânicos em São Paulo
Em 2015, conseguimos que a Lei nº 16.140/2015 fosse regulamentada. Foi um passo importante, pois ela prometia alimentação 100% orgânica até 2026 nas escolas do município de São Paulo.
No ano passado, constatamos que foram adquiridos um maior percentual de alimentos orgânicos e de base agroecológica nos últimos 12 anos.
Porém, isso representou somente 3,79% da verba que deveria ser gasta com alimentos sem agrotóxicos, segundo dados da Secretaria de Educação municipal.
Ou seja, as metas estabelecidas pela Lei seguem baixas e as principais medidas para reverter esse cenário não estão sendo tomadas.
Diante desse cenário, a comissão Escola Mais Orgânica, que é presidida por nós do Idec, apresentou propostas concretas para mudar essa realidade:
- Criar metas de longo prazo para aumentar a produção da agricultura familiar e agroecológica.
- Criar editais que priorizem alimentos orgânicos e de base agroecológicas.
- Comprar alimentos por grupos para respeitar a sazonalidade e a biodiversidade.
- Capacitar cozinheiras, professores e equipes.
- Envolver a comunidade escolar.
Estamos pressionando para que a Prefeitura de São Paulo abra a consulta pública para ouvir as demandas da sociedade civil quanto à alimentação escolar. Então, se essa causa te interessa, fique de olho no Tá na Mesa que divulgaremos a consulta por aqui.
E se você quer se envolver ainda mais nessa causa, conheça o nosso “Guia de alimentos orgânicos” que traz todas as orientações para pressionar os legisladores a implementarem políticas públicas que priorizam a aquisição de alimentos orgânicos e de base agroecológica da agricultura familiar na alimentação escolar. É gratuito e feito para ajudar que outras leis como essa surjam!
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OUÇA
🥘 O ambiente alimentar escolar no Brasil
Ainda sobre o assunto de alimentação escolar, o podcast Repórter SUS apresenta dados alarmantes sobre a obesidade infantil, o impacto do consumo dos ultraprocessados na infância moldando a vida adulta e reforçando a mensagem acima, do quanto precisamos trabalhar com políticas públicas que vão modificar esses ambientes para conseguirmos dar segurança alimentar e nutricional aos estudantes brasileiros. Agência Fiocruz de Notícias
PODCAST
🌾 O modelo da agricultura moderna
Ouça e entenda a explicação do pesquisador Ricardo Abramovay, professor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) sobre o que é a tríplice monotonia do sistema alimentar e a importância de se mudar o modelo produtivo atual para ampliar o acesso a alimentos biodiversos e minimizar os impactos no meio ambiente. Jornal da USP
CONFIRA
🍽️ Ação para evitar o desperdício
Tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei (PL) nº 690/19, que visa conceder um selo de estabelecimento sustentável, para mercados, bares e restaurantes que adotarem medidas para reduzir o desperdício de alimentos. Câmara dos Deputados
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Giorgia Russo
Consultora técnica do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do @idecbr
Garantir uma alimentação escolar com alimentos agroecológicos é investir diretamente no futuro das nossas crianças. Além de oferecer refeições mais saudáveis e livres de agrotóxicos, essa escolha fortalece a agricultura familiar e valoriza a cultura alimentar local.
Mas isso só é possível com políticas públicas robustas e o envolvimento de toda a sociedade. A Lei nº 16.140/2015, em São Paulo, é um exemplo potente que precisa se espalhar por outros municípios. É dever coletivo pressionar por um modelo de alimentação que promova saúde, justiça social e sustentabilidade desde a infância.
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Um sabor comum com três frutas
O mangostão, também conhecido como mangostim, é uma fruta nativa da Ásia, cultivada principalmente em países como Indonésia, Malásia, Tailândia e Filipinas. Há registros de sua presença em jardins botânicos do Brasil desde o século 19, principalmente na região Norte, onde o clima úmido se assemelha ao local de origem da fruta. Tem casca grossa de cor roxa profunda, que deve ser aberta com delicadeza. No interior, a polpa branca é dividida em gomos.
O sabor do mangostão é uma combinação equilibrada entre o doce e o ácido, lembrando uma mistura de pêssego, abacaxi e morango, com um toque floral. Em algumas culturas asiáticas, o mangostão também aparece em pratos festivos, servido em ocasiões especiais como símbolo de hospitalidade. Sua casca, embora não comestível, é usada em infusões e tingimentos artesanais, demonstrando a versatilidade dessa fruta exótica.
Observe na beira da estrada
Esse pode ser um lugar para encontrar mudas de buva (Conyza bonariensis), também conhecida como rabo-de-foguete ou voadeira, que é uma planta alimentícia não convencional (PANC) nativa da América do Sul. De crescimento espontâneo, costuma ser vista em terrenos baldios, margens de estradas, hortas e plantações. Você consegue identificá-la por meio das folhas alongadas, estreitas e levemente pilosas, dispostas em roseta na base e que exalam um aroma característico quando amassadas. A buva pode atingir até um metro de altura e suas flores são pequenas, de coloração branca ou amarelada.
A buva faz parte dos alimentos que vêm sendo resgatados por pessoas que cozinham interessadas na valorização de ingredientes locais e esquecidos. Suas folhas jovens têm sabor marcante, ligeiramente picante e amargo, com um toque que lembra o agrião e a rúcula, podendo ser usadas em refogados, omeletes, tortas salgadas e caldos. Por ter um gosto intenso, recomenda-se utilizá-la em pequenas quantidades, como tempero ou complemento.
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Pudim de cupuaçu
Receita de poucos ingredientes, mas com a textura e a firmeza de um clássico pudim garantidas. Fica um contraste incrível entre o caramelo e o adstringente da fruta, vale muito a pena preparar.
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Compota de chuchu
A fama de ‘sem graça’ do legume é um grande trunfo para usá-lo em receitas doces ou salgadas. A receita cai muito bem para as festas juninas, principalmente nas regiões onde faz frio.
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Buva na manteiga e no alho
O preparo é intuitivo, mas o conteúdo traz mais informações técnicas sobre a espécie e essa sugestão de receita com manteiga de garrafa e alho. Saboreie!
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