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Hoje, segunda-feira, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou o reajuste anual aplicável aos planos de saúde individuais e familiares. O percentual aprovado de 6,06% é válido para o período de 1 de maio de 2025 a 30 de abril de 2026.
Segundo dados do setor referentes a abril de 2025, os planos nessa modalidade, contratados por pessoas consumidoras enquanto pessoas físicas, diretamente com as empresas, representam a minoria no mercado: aproximadamente, 16,5%. Segundo Marina Paullelli, coordenadora do Programa de Saúde, “o teto anunciado deixa de fora parcela considerável dos contratos do setor, reajustada em patamares histórica e significativamente superiores. Trata-se das diferentes modalidades de planos coletivos: os planos empresariais, os planos coletivos por adesão e os planos contratados por microempreendedores, por exemplo”.
Há anos, o instituto tem enviado contribuições e solicitado à ANS o avanço da regulação dos planos coletivos, principalmente para delimitar o reajustamento anual e para proibir o rompimento unilateral de tais contratos, práticas que, na realidade, revelam-se expulsórias e abusivas para os usuários de tais planos.
No Idec, os planos de saúde representam o tema líder de dúvidas e reclamações no ranking de atendimentos. Em 2025, as principais queixas apontadas se referem a reajuste abusivo (25,85% dos casos), seguidas de problemas com contrato, como reembolso e descredenciamento (19,49%). Por fim, cancelamentos unilaterais e negativa de cobertura ficam empatados em terceiro lugar, com 13,14% das queixas cada, respectivamente.
O histórico de atuação do Idec no tema pode ser conferido na Campanha Chega de Aumento. O instituto continuará exigindo da ANS que a regulação avance e proteja de forma efetiva o consumidor, de modo que os planos coletivos tenham o mesmo patamar de proteção dos planos individuais.