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Novo selo de eficiência energética traz mudanças pouco ambiciosas

Para Idec, proposta divulgada pelo Ministério de Minas e Energia traz níveis mínimos de consumo de ar-condicionados e refrigeradores ainda bem abaixo dos padrões mundiais

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Atualizado: 

16/03/2018

Sabe aqueles selos que classificam os ar-condicionados e refrigeradores conforme seu gasto de energia? Ele pode mudar. Uma consulta pública do Ministério de Minas e Energia, encerrada na segunda-feira (27), propôs que esses aparelhos tenham novos e melhores níveis de eficiência energética.

De acordo com o Idec, as sugestões do CGIEE (Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética) - analisadas durante a consulta - criam níveis mínimos de eficiência mais altos, ou seja, ar-condicionados e refrigeradores que consomem mais energia seriam proibidos de ser fabricados e vendidos. Contudo, mesmo classificando como positiva, o Instituto analisa que a proposta é pouco ambiciosa.

“Estudos apontam que a maioria das empresas no Brasil já possuem aparelhos acima dos níveis que a proposta do CGIEE quer estabelecer. E, para piorar, tanto os ar-condicionados quanto os refrigeradores têm níveis de consumo maior no Brasil do que em outros lugares no mundo, por exemplo, um equipamento brasileiro consome até 60% mais energia do que um similar na Índia”, afirma Clauber Leite, pesquisador em energia do Instituto.

Na próxima semana, serão realizadas audiências públicas em Brasília (DF) para discutir a proposta do comitê. Caso seja aprovada, empresas que possuem equipamentos com eficiência C e D terão dois anos para interromper a fabricação e venda desses produtos.

Níveis questionáveis

Além de enviar suas contribuições, o Idec, o ICS (Instituto Clima e Sociedade) e outras entidades de defesa do consumidor solicitaram que o Ministério de Minas e Energia divulgassem os estudos técnicos que serviram de base para a proposta apresentada pelo CGIEE. 

“Não se sabe como os novos níveis mínimos de eficiência energética foram definidos, nem quais impactos essa nova definição trará. Tudo isso deveria ter sido previamente divulgado e analisado”, finaliza o pesquisador.

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