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Governo federal pode alugar frota elétrica de ônibus para cidades

Proposta apresentada por ONGs resolve obstáculo do alto preço dos veículos e supera problemas de qualidade do serviço de transporte público nos municípios

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Atualizado: 

22/06/2023

Nas últimas quatro semanas falamos da importância, e das dificuldades, de se trocar os ônibus a diesel e gás do transporte público brasileiro por veículos elétricos. Neste artigo final da série vamos te apresentar uma  solução que poderá resolver o problema de eletrificação de frotas de todos os municípios brasileiros de uma vez só.

O Idec, junto com seus parceiros ITDP Brasil, WRI Brasil, ISS e ICCT, já propôs, em 2022, e está defendendo junto ao Governo Federal um programa de aluguel de frota de ônibus elétricos para os municípios, que seria pago pelo Governo Federal. Além dos veículos, o "pacote" incluiria a manutenção e a infraestrutura de recarga das baterias. A implantação do projeto se daria nas seguintes etapas:

  • Seleção pelo governo federal das empresas locadoras para o programa e aquisição dos veículos elétricos por estas empresas;

  • Credenciamento pelo governo federal de governos locais para o programa e definição de convênios entre União, gestores locais e empresas locadoras

  • Provimento de dados pelos governos locais e consequente acompanhamento dos impactos e necessidades de melhorias do projeto.

Com isso, o governo federal, que tem um orçamento mais robusto, ajudaria financeiramente as prefeituras, responsáveis locais pelo transporte público coletivo. Também aceleraria a melhora da qualidade do serviço e do ar das nossas cidades.  Em troca, os municípios forneceriam dados para um monitoramento constante da qualidade do transporte público pelo Governo Federal, combatendo, assim, a má gestão do serviço, que é comum em todas as cidades brasileiras.

Ou seja, o aluguel da frota pelo governo federal resolveria não apenas o problema financeiro, relacionado ao alto preço da frota elétrica, como proporcionaria um serviço de mais qualidade para os cidadãos. Isso porque daria maior controle e transparência no uso do dinheiro público, que hoje é gerenciado de forma obscura pelas empresas de ônibus; reduziria a emissão de poluentes e de gastos com compra e manutenção de veículos, podendo gerar até a redução da tarifa paga pelo usuário.

Para fazer a proposta avançar, o Idec tem dialogado com representantes dos poderes executivo e legislativo. A última iniciativa foi propor, na consulta pública do Plano Plurianual Participativo -  um plano de médio prazo, que estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelo Governo Federal - a criação do projeto de aluguel da frota elétrica e a reserva de orçamento para sua implementação.

O Idec e seus parceiros acreditam que esta proposta, que une forças do governo federal e dos municípios, além da parceria da iniciativa privada, é hoje a melhor opção para que o país possa ter, o quanto antes, um transporte público não apenas de melhor qualidade, mas também menos poluente e bem gerido.

 

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