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Oito em dez brasileiros identificam selos ambientais, aponta pesquisa

<div> Levantamento da Market Analysis em parceria com o Idec revela que brasileiros reconhecem selos com atributos ambientais, mas ainda &eacute; baixa a confian&ccedil;a na comunica&ccedil;&atilde;o das empresas sobre suas qualidades socioambientais</div> <div> &nbsp;</div>

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Atualizado: 

05/05/2016
A cada dez consumidores, oito identificam pelo menos um de 27 selos ambientais emitidos por governos, empresas ou outras entidades. É o que mostra a pesquisa inédita Identificação e conexão do consumidor com os selos ambientais, realizada pelo instituto de pesquisa e opinião pública Market Analysis em parceria com o Idec. 
 
O levantamento ouviu 906 adultos de nove capitais brasileiras . Em Salvador e Brasília os selos são mais conhecidos: 99% e 96% dos entrevistados, respectivamente, afirmam reconhecer pelo menos um deles. Por outro lado, os residentes de Porto Alegre, Curitiba e Rio Janeiro exibem mais dificuldades em reconhecê-los (50%, 69% e 71%, respectivamente).
 
Do ponto de vista sociodemográfico, os selos são mais reconhecidos entre os jovens de 18 a 24 anos (91%), entre a população de renda mais alta (85% dos que pertencem às classes A e B) e de maior escolaridade (95% entre os que possuem pelo menos o ensino superior incompleto).
 
Os mais conhecidos
 
O mais conhecido é o selo Procel, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, que identifica equipamentos e eletrodomésticos de maior eficiência energética em determinada categoria. Os resultados mostram que 3 em cada 4 brasileiros (75%) o reconhecem, uma proporção muito acima dos demais selos estudados.
 
O segundo selo mais conhecido é o Conpet, com 22% de identificação. Assim como o Procel, este selo é conferido aos produtos mais eficientes no uso de derivados de petróleo e gás natural. É destinado a determinados segmentos como: automóveis, fogões, fornos à gás e aquecedores de água à gás. Tanto o selo Procel como o Conpet são selos oficiais, estabelecidos em programas governamentais.
 
Na terceira posição está a certificação oficial Produto Orgânico Brasil (14%), que garante o cultivo de alimentos sem agrotóxicos ou fertilizantes artificiais. Dois outros selos que certificam alimentos orgânicos figuram na lista dos dez mais conhecidos (ver quadro abaixo). A seguir aparece mais um selo de eficiência energética, o Energy Star (13%); e o da ISO 14.001 (12%), que certifica empresas cujas políticas e gestão ambientais apontam para práticas sustentáveis.
 
Para Fabián Echegaray, diretor da Market Analysis, o ranking sugere duas conclusões: “há uma notável capilaridade da eficiência energética como virtude ambiental na cabeça dos consumidores, e também se destaca a força dos selos desenvolvidos por vários stakeholders ou endossados por entidades normalizadoras isentas”, diz.
 
Baixa credibilidade
 
A força dos selos identificados com instituições do Estado, ONGs e produtores, e não aqueles promovidos isoladamente por empresas, é coerente com outro aspecto verificado nas respostas: a baixa confiança dos consumidores na comunicação empresarial das suas qualidades socioambientais. Apenas 37% dos entrevistados acreditam que as empresas comunicam a verdade do que fazem em matéria ambiental e social.
 
A quantidade de mensagens ambientais encontradas em rótulos de produtos no varejo aumentou quase cinco vezes entre 2010 e 2014, de acordo com dados da pesquisa Greenwashing no Brasil, da Market Analysis. 
 
“Essa pesquisa de 2016 parece reforçar o que encontramos naquela de 2013, a saber, a de que mensagens que atestam segurança e economia de recurso nos produtos parecem gozar de alguma estabilidade na confiança do consumidor”, afirma Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec. 
 
“De todo modo, a lição que o consumidor tem deixado para empresas e governo, é a de que trabalhos contínuos e com método merecem sua confiança, o que pode explicar porque os selos Procel e Conpet estão bem à frente dos outros”, completa Oliveira.
 
Metodologia da pesquisa
 
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas em 906 domicílios das cinco regiões do país. Homens e mulheres com idade entre 18 e 69 anos, pertencentes a todas as classes socioeconômicas, foram entrevistados entre os dias 25 de janeiro e 14 de fevereiro de 2016. O estudo abrange as seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Manaus, Belém, Brasília e Goiânia. Cotas cruzadas de idade, sexo e classe social foram estabelecidas para garantir a representatividade de todos os grupos demográficos na amostra.
 
Foram pesquisados os seguintes selos e certificações: Associação de Agricultores Biológicos (ABIO); Cerflor: Certificação Florestal; Certified Vegan; Coatings Care; Conpet; D2W; Dolphin Safe; EarthCheck; Ecocert; Energy Star; Fairtrade; Falcão Bauer; FSC; I’m Green; IBD Orgânico; ISO14001; LEED; Natrue; PEFC; Procel; Produto Orgânico; Rainforest Alliance; RoHS; Rótulo Ecológico ABNT; RSPO; Sustentax; e Terracycle.
 
 
 
 

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