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Idec defende proibição de três agrotóxicos já banidos no exterior

<div> Em reavalia&ccedil;&atilde;o pela Anvisa, subst&acirc;ncias s&atilde;o consideradas altamente t&oacute;xicas ou cancer&iacute;genas e j&aacute; foram banidas da Europa e dos Estados Unidos</div> <div> &nbsp;</div>

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Atualizado: 

08/03/2016
Em contribuição a consultas públicas realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Idec defendeu a proibição no Brasil de três ingredientes agrotóxicos: Carbofurano, Lactofem e Tiram.
 
As três substâncias já saíram do mercado em alguns países. O Carbofurano, um inseticida autorizado para uso em hortaliças, frutas e grãos, é considerado altamente tóxico pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é proibido na Europa e na Califórnia (EUA). 
 
O Lactofem, um herbicida utilizado na soja, por sua vez, é considerado cancerígeno e também é proibido na Europa. Já o Tiram, um fungicida utilizado no arroz, feijão, milho, trigo, ervilha, cevada, amendoim e soja, foi voluntariamente retirado do mercado nos Estados Unidos.  
 
Nas consultas públicas, a Anvisa propôs banir apenas o Carbofurano e manter a autorização para uso do Lactofem e o Tiram. Porém, o Idec, como membro da Campanha Permanente Contra Agrotóxicos e Pela Vida, pediu o banimento total das três substâncias. “Esses ingredientes estão presentes nos alimentos do consumidor brasileiro e não se sabe ao certo as quantidades ingeridas”, justifica Ana Paula Bortoletto, nutricionista e pesquisadora do Idec.
 
A consulta pública sobre o Carbofurano foi encerrada em 25/2 e contou com ampla participação popular a favor do banimento depois que a chef  Bela Gil apoiou sua proibição. As consultas sobre os dois outros agrotóxicos foram encerradas ontem, 7/3, e também tiveram bom número de contribuições.
 
Menos agrotóxicos no prato
 
O Brasil ocupa a vergonhosa marca de campeão mundial no consumo de agrotóxicos. Para o Idec, reduzir o uso dessas substâncias é necessário para que toda população tenha acesso à alimentação saudável e sustentável. “Essa redução depende de regras mais rígidas por parte da Anvisa e de ações de monitoramento e fiscalização para coibir práticas ilegais na aplicação de agrotóxicos, como uso acima do limite permitido”, detaca Ana Paula. 
 
O Idec tem algumas ações para promover o consumo de alimentos orgânicos, produzidos sem agrotóxicos e de maneira ambiental e socialmente sustentável. Uma delas é a campanha +Orgânicos, que  explica os benefícios dos alimentos orgânicos e os prejuízos daqueles produzidos com veneno.
 
Outra iniciativa é o Mapa de Feiras Orgânicas, que localiza as feiras especializadas mais próximas do consumidor.