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Primeira etapa da campanha Clima e Consumo em SP chega ao fim expondo a importância do consumo consciente

<i>Projeto divulgou pr&aacute;ticas sustent&aacute;veis para dia a dia por meio de oficinas e interven&ccedil;&otilde;es em bairros da capital paulista. Fruto da campanha, Calculadora de Emiss&otilde;es permite que consumidor descubra o quanto ele e sua fam&iacute;lia impactam o meio ambiente</i>

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Atualizado: 

11/08/2011

Encerrou-se na primeira semana no início de julho o projeto Clima e Consumo em São Paulo, iniciativa coordenada pelo Idec e pelo Vitae Civilis. O projeto teve como principais objetivos expor os impactos dos atuais padrões de produção e consumo no clima, pressionar empresas por mudanças nos processos de produção e dialogar com governos, para que passem a adotar políticas públicas que possibilitem um maior acesso à informação pelo consumidor.

No seminário "Mudanças Climáticas e o Consumo em São Paulo", que marcou o encerramento da campanha, foram apresentados os resultados e diretrizes para o Plano de Ação da Cidade de São Paulo para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, apresentado pelo membro do Comitê Municipal de Mudança do Clima e Ecoeconomia, Oswaldo Massambani. "Foi um momento de compartilhar e promover o debate sobre as principais demandas dos problemas socioambientais nos grandes centros urbanos", aponta a pesquisadora do Idec e coordenadora do projeto, Adriana Charoux. "No entanto, é necessário que a discussão perdure, principalmente na questão da implantação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos)", completa.

A iniciativa procurou expor aos consumidores, governos e empresas como os atuais padrões de produção e consumo têm um impacto no planeta e possuem influência direta na qualidade de vida de milhares de pessoas. "O desafio principal é o de cortar 40% da emissões de gases poluentes até 2020, para impedir que a temperatura média da atmosfera aumente 2º C, o que, segundo cientistas, ameaça a vida no planeta", afirma Adriana. Para isso, a pesquisadora destaca o debate crítico e propositivo como peça-chave na discussão e implementação de medidas que influenciem diretamente na qualidade de vida dos consumidores.

Impactos
O projeto contou com apoio do Fema (Fundo Especial de Meio Ambiente), mantido pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo e contou com diversas intervenções urbanas e oficinas. Entre as principais ações, destacaram-se as dicas para fabricação de produtos de limpeza ecológicos e a experiência ReFlux - idealizada pelo artista multimídia Peri Pane. Por uma semana, o "Homem Refluxo" guardou todo o seu lixo pessoal dentro de uma capa plástica, o Parangolixo-luxo. Saiba mais sobre todas as ações de rua realizadas aqui.

Diversos bairros da zona oeste de São Paulo receberam as oficinas e demais intervenções do projeto entre os meses de março a junho de 2011: Barra Funda, Perdizes, Lapa, Vila Leopoldina, Vila Jaguara e Jaguaré. As oficinas também receberam o apoio de diversas outras organizações, que buscam ajudar a construir ações com o objetivo de tornar a cidade mais sustentável. Entre elas estão o Instituto Kairós e a AAO (Associação de Agricultura Orgânica).

Cerca de 1300 pessoas foram impactadas diretamente por meio das ações de rua e mais de 8 milhões tiveram acesso a informações sobre o projeto por meio de reportagens e entrevistas. "Por meio das ações, foi possível experimentar e interagir com a população, no sentido de sensibilizá-las sobre o impacto de seu consumo nas mudanças climáticas e levar ferramentas para que elas possam incorporar soluções concretas e acessíveis para seu cotidiano", declara Adriana.

Atividades
Entre as oficinas realizadas, destacou-se a de Faxina Ecológica, que ensinou a fazer produtos de limpeza com ingredientes que não agridem o meio ambiente - água, limão e sabão de coco, por exemplo. Os participantes puderam entrar em contato com práticas que aliaram economia doméstica à sustentabilidade.

No dia do automóvel (13/5) foi realizada a experiência "Vaga Viva", na qual o espaço destinado ao estacionamento de um automóvel foi utilizado como um espaço de convivência, estimulando as pessoas a refletirem sobre o impacto do uso do automóvel, principalmente nas grandes cidades.

Conduzida por uma nutricionista da ONG Banco de Alimentos, foram realizadas oficinas para o reaproveitamento integral dos alimentos, com o objetivo de ajudar na diminuição do desperdício, além de um mutirão de plantio de árvores nativas em escolas da zona oeste de São Paulo.

Calculadora de emissões
O projeto também conta com uma calculadora de emissões, que permite saber quanto o consumo individual ou familiar impacta por meio da emissão de gases de efeito estufa, e também trás dicas de como adotar hábitos de consumo responsáveis que ajudam a reduzir as emissões.