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Empresas do Sudeste ainda financiam desmatamento e trabalho escravo na Amazônia

<p> <i>Semin&aacute;rio &quot;Conex&otilde;es Sustent&aacute;veis&quot; apresenta estudo sobre os impactos da cadeia produtiva da carne, madeira e soja e suas rela&ccedil;&otilde;es comerciais predat&oacute;rias</i></p>

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Atualizado: 

25/07/2011

A cidade de São Paulo continua a financiar a devastação da floresta Amazônica. Esse é o resultado do 2º Estudo Conexões Sustentáveis: São Paulo-Amazônia, apresentado pela ONG Repórter Brasil e pela Papel Social Comunicação no seminário "Conexões Sustentáveis - Quem ganha com o desmatamento da Amazônia?" na semana passada.

Segundo o estudo, ao fazer negócios com fornecedores envolvidos em crimes ambientais e trabalhistas, as empresas paulistas contribuem para a manutenção de relações comerciais predatórias. A pesquisa comprova problemas com diversas empresas que atuam na área de construção civil, setor moveleiro, frigorífico, entre outros.

Entre as empresas que foram detectadas no rastreamento de fornecedores como tendo práticas ilegais em sua cadeia produtiva estão a Construtora Tecnisa - como compradora de uma madeireira com problemas de desmatamento e trabalho escravo, além das lojas de varejo Magazine Luíza e Marabraz.

Em 2008, o Fórum Amazônia Sustentável e o Movimento Nossa São Paulo idealizaram o Seminário chamado "Conexões Sustentáveis: São Paulo-Amazônia". O objetivo era trazer uma reflexão sobre a conexão entre o desmatamento da Amazônia e o consumo de madeira e soja no sudeste. Agora, em 2011, o 2º estudo sobre o tema busca denunciar e pressionar as empresas infratoras.

Passados três anos da primeira pesquisa, a questão ainda é considerada grave. As empresas presentes na cadeia produtiva de crimes ambientais e sociais cometidos na Amazônia continuam dando respostas evasivas ao estudo. Todas ela justificaram os resultados como sendo falha no sistema ou falha humana do técnico.

Apoio
O Idec atua desde 2008 no tema, por meio de pesquisas e campanhas para pressionar a cadeia de carne bovina para que traga informações claras sobre a origem da carne que chega aos consumidores. O objetivo é garantir que o consumidor saiba que não está contribuindo para o desmatamento ou o trabalho escravo. Além disso, o Idec considera de extrema importância eventos como o seminário, pois são uma oportunidade de articulação e convergência com quem atua no combate ao desmatamento e ao trabalho escravo, a exemplo das ONGs Amigos da Terra, Repórter Brasil e Greenpeace.

"O Idec busca, em meio a uma questão diretamente relacionada ao consumo, garantir informações aos consumidores que viabilizem escolhas de consumo mais responsáveis, desestimulando e enfraquecendo assim as empresas com ilegalidades detectadas em sua cadeia de produção", declarou a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux.