Começou hoje o recolhimento do brinquedo Bindeez, distribuído pela empresa Long Jump no Brasil. O brinquedo é suspeito de causar intoxicação em crianças nos Estados Unidos, Canadá e Austrália por conta da presença da substância GHB (ácido gama-hidroxibutírico), conhecida como ecstasy líquido. A droga tem características sedativas.

Os clientes devem levar o brinquedo a um dos postos de troca (confira aqui os locais) para ter direito a um produto de igual valor. Quem preferir receber o dinheiro de volta deve entrar em contato com a Long Jump pelo telefone 0800-7703993 (todos os dias, das 9hs às 17hs) ou pelo e-mail sac@longjump.com.br.

Histórico
A determinação do recall dos brinquedos foi feita pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) no dia 8. Segundo o instituto, os testes realizados com o lote de brinquedo comercializado no país ainda não confirmaram a presença da droga. Por isso, o chamamento é considerado preventivo até que novos testes sejam realizados. O resultado final deve sair até sexta-feira (23). Estima-se que cerca de 55 mil unidades do Bindeez tenham sido vendidas no Brasil.

O Idec apoiou a decisão do Inmetro e enviou cartas aos ministros da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento; da Saúde; da Justiça; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pedindo apoio à implementação de uma política de governo que torne efetiva a retirada de produtos perigosos dos pontos de venda no comércio, bem como do uso pelos consumidores, como determina o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90).

Com as correspondências enviadas a ministros, o Idec pretende dar prioridade à questão e evitar que a situação se repita. Confira aqui a íntegra dos documentos.

Idec em ação
Devido aos recentes problemas ocorridos no país, no dia 6 o Idec promoveu uma mesa-redonda para discutir o processo de recall no Brasil. Estiverem presentes ao evento representantes do Inmetro, do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de Procons, sendo unânime o entendimento de que é necessária a criação de um sistema unificado de procedimentos para implementar recalls no país.

"Esse novo caso de brinquedos com problemas no Brasil só reafirma a necessidade de instaurarmos esse sistema o mais rápido possível. Por isso, o Idec vai enviar aos Ministros um pedido de apoio e aceleração desse sistema", afirmou Marilena Lazzarini, coordenadora executiva do Instituto.