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Nos últimos meses, o aumento da TR e conseqüente remuneração das cadernetas de poupança teriam superado os fundos DI (a poupança rendeu, em 2006, 8,33%). Com o argumento de equilibrar a aplicação da referida taxa, e pressionado pelas instituições financeiras, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou alteração na fórmula de cálculo da TR, para que ela receba "maior influência" da variação da inflação e taxa de juros do mercado.
Para o consumidor, o impacto da medida virá na forma de redução nos rendimentos da poupança conforme a baixa na taxa básica de juros. Enquanto isso, as instituições financeiras continuarão lucrando com os fundos de investimento, sem ter que diminuir as suas taxas de administração.
"Essa medida acabará prejudicando os pequenos poupadores, para quem a poupança é praticamente a única opção. A grande maioria não tem recursos suficientes para investir em outras opções e sequer tem acesso aos gerentes de bancos para se informar sobre o investimento mais rentável", destaca a coordenadora executiva do Idec, Marilena Lazzarini.
Mesmo assim, o Instituto acredita que a melhor opção continua sendo manter os recursos aplicados. Além da influência no rendimento da poupança, consumidores com saldos devedores em financiamentos imobiliários, submetidos à variação da TR, deverão ser beneficiados pela medida.