Bloco Associe-se

Associe-se ao Idec

Negociação de Dívidas Bancárias

Negociação de Dívidas Bancárias

Atualmente, 60% da população está endividada no Brasil - numa bola de neve dos juros que leva muitos a fazerem empréstimos para pagar outros empréstimos. Nossos estudos, feitos partir da Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), revelam que são aproximadamente 30 milhões de brasileiros com mais de 100% de sua renda mensal comprometida com o pagamento de crédito, sem conseguir negociar suas dívidas de forma adequada.

MAS QUAIS SÃO OS MEIOS PARA NEGOCIAR?

Conheça o caso do nosso associado Marcelo Coutinho, que após sofrer abusos e ameaças conseguiu limpar seu nome com o pagamento de R$ 3 mil na negociação de uma dívida de R$ 45 mil no banco.

Os bancos se utilizam de uma publicidade romântica e da facilidade de acesso ao crédito para lucrar com os juros. Além disso, hoje não existe uma política pública que reconheça a situação “sem saída” do consumidor endividado e obrigue os bancos a fazer uma justa negociação de dívidas. Por isso, apoiamos o Projeto de Lei n°3515/2015, que propõe garantir a negociação e também a regulação da propaganda e contratação de empréstimos. Ele segue em tramitação na Câmara dos Deputados e pode ser votado a qualquer momento. Enquanto isso, é necessário tomar muito cuidado ao contratar empréstimos.

 

VERIFIQUE O SEU CASO

As orientações a seguir estão focadas em empréstimo pessoal, cartão de crédito e cheque especial. Para financiamentos de veículos, financiamentos imobiliários e empréstimos com garantias o seu esforço para a negociação deve ser ainda maior, pois estes possuem regras específicas que permitem que seus bens sejam tomados por falta de pagamento.

LEVANTE O HISTÓRICO DA DÍVIDA

1. LEVANTE O HISTÓRICO DA DÍVIDA

Guarde o máximo de documentos possíveis sobre a evolução da dívida - eles serão úteis no momento de negociar. Leia os contratos dos empréstimos para verificar as taxas de juros e custos embutidos na operação. Se a dívida está em atraso, peça ao banco a evolução do saldo, envolvendo detalhes sobre encargos e juros na atualização da dívida.

ANALISE SUA CAPACIDADE DE PAGAMENTO

2. ANALISE SUA CAPACIDADE DE PAGAMENTO

Para negociar uma dívida, faça as contas dos seus gastos fixos mensais, como aluguel, mercado, conta de luz, e verifique se sua renda mensal é suficiente para cobrir essas despesas e ainda restar uma quantia para comprometer com a renegociação. A partir daí é possível planejar o orçamento e pensar numa proposta de acordo com o banco que caiba no seu bolso. Verifique também se você pode vender algo ou iniciar uma atividade extra para complementar sua renda.

APRESENTE UMA PROPOSTA REALISTA PARA O BANCO

3. APRESENTE UMA PROPOSTA REALISTA PARA O BANCO

Ao elaborar sua proposta de negociação, comece pelas dívidas mais caras. Se possível, priorize o pagamento à vista ou poucas parcelas, para evitar o aumento da dívida com mais juros. Se for necessário parcelar, insista pela revisão do saldo. Havendo dificuldade em abrir o diálogo com o banco para um acordo, você pode solicitar a renegociação por meio da plataforma Consumidor.gov.br. Isso deve fazer com que o banco dê uma atenção mais cuidadosa ao seu caso. Outras opções de apoio para a negociação são Procons com Núcleo de Tratamento do Superendividamento e a Defensoria Pública.

NEM SEMPRE UM ACORDO SERÁ POSSÍVEL

4. NEM SEMPRE UM ACORDO SERÁ POSSÍVEL

Não aceite a primeira proposta do banco: se você não está totalmente seguro de que tem condições para cumprir o acordo, não decida na hora. Caso você já tenha esgotado as possibilidades de fazer um acordo viável para a sua condição financeira atual, talvez seja necessário aguardar um tempo maior para tentar a negociação novamente. Cabe a você avaliar o risco de ter o nome negativado e viver “sem crédito” por um período. Mas esteja preparado: as instituições passarão a entrar em contato buscando pagamento. Essas cobranças não podem ser vexatórias e nem excessivas.

5. PRÁTICAS ILEGAIS? ACIONE A JUSTIÇA

Bancos não podem retirar recursos de outras contas vinculadas a você, como poupança ou contas empresariais, para forçar o pagamento de uma dívida. Também não podem fazer cobranças em tom de ameaça ou que exponha você a constrangimentos. Se acontecer, você tem o direito de requerer indenização por assédio moral. Nas causas de até 20 salários mínimos não é obrigatória a assistência de advogado no Juizado Especial Cível.

 

Questionar é seu direito! Mas lembre-se de que não há uma garantia de que você consiga chegar num acordo que contemple a sua condição de pagamento atual.

Se quiser ainda mais facilidade para lidar com esse processo, contribua com o Idec para acessar um modelo de carta e o passo a passo sobre como proceder em cada etapa. Interessou e quer apoiar a produção de mais conteúdos desse tipo?


 

EXCLUSIVIDADE PARA ASSOCIADOS

Confira os modelos de carta