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Frentes debatem o fim da gordura trans

Tema está em pauta na Anvisa e no Congresso Nacional e as discussões podem resultar na proibição do uso da substância no país. Recente pesquisa feita pelo Idec aponta que 95% das pessoas querem o banimento da gordura

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Atualizado: 

31/03/2016
Na última quarta-feira, 30, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo ao projeto de lei (8.194/2014) oriundo do Senado que prevê a proibição do uso de gordura vegetal hidrogenada, conhecida também como gordura trans, em todo o país.
 
Para o Idec, a decisão é relevante, pois pode acelerar o processo de retirada da substância artificial em alimentos do mercado brasileiro, como defendido pelo Instituto na audiência pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizada no último dia 28, em Brasília.
 
“São evidentes os efeitos negativos dessa substância para a saúde e também sabemos que as medidas adotadas até o momento são falhas e insuficientes”, comenta Ana Paula Bortoletto, nutricionista e pesquisadora representante do Idec na audiência. 
 
Após a audiência, a Anvisa abriu um canal para receber as contribuições da sociedade sobre a discussão da gordura trans. O formulário fica disponível para o público até 11/04. Veja aqui como enviar sua opinião.
 
Agora, o  texto da proposta volta para o Senado antes de virar lei. Segundo a nutricionista, no entanto, ainda há ajustes a serem feitos na proposta atual que serão encaminhados em breve pelo Idec aos senadores. 
 
Caso o projeto seja aprovado, até 2019 todos os alimentos produzidos e comercializados no país, ainda que importados, não poderão ter na sua composição a presença da gordura trans.
 
Gordura trans, não
 
Uma pesquisa online feita pelo Idec com 1.624 consumidores, aponta que  95% dos participantes concordam com a proibição da gordura trans, considerando os riscos que o seu consumo traz à saúde. 
 
O levantamento inédito sobre o tema no país, também mostra que uma considerável fatia das pessoas (89,2%) busca se informar sobre a presença da substância nos alimentos industrializados por meio da tabela nutricional, lista de ingredientes e a parte frontal dos rótulos - que juntos somam 47% das respostas.
 
Apesar disso, os resultados indicam que 34% acreditam que os fabricantes omitem ou manipulam as informações nutricionais, e 30% acham que falta clareza nos rótulos. 
 
“Atualmente, a declaração de ausência não significa que o alimento seja livre de gordura trans, já que a atual regulação permite que um produto declare ter ‘zero’ gordura trans, mesmo que o teor seja igual ou menor que 0,2 g na quantia declarada”, comenta a nutricionista do Idec.
 
Confira os resultados completos da pesquisa.
 

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