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São Paulo completa 457 anos tendo o trânsito como grande vilão

<p> <i>No anivers&aacute;rio da cidade, o Idec d&aacute; dicas de como melhorar um dos seus maiores problemas: o tr&acirc;nsito.</i></p>

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Atualizado: 

26/07/2011

Atualmente, circulam na cidade de São Paulo mais de 4,6 milhões de carros, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O caos gerado pela enorme quantidade de veículos é refletido no cotidiano dos paulistanos, que enfrentam quilômetros de congestionamento todos os dias.

A insatisfação geral fica clara ao analisarmos os números da última pesquisa do Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) realizada pela Rede Nossa São Paulo. Segundo os dados divulgados na última quinta-feira (20/1), em uma escala que vai de um a dez, os paulistanos dão nota 4,2 para o trânsito e nota 4,0 para o tempo gasto para se deslocar na cidade.

A falta de acesso, o serviço de má qualidade do transporte público, a distância do trabalho e a demora nas viagens impossibilitam, muitas vezes, que as pessoas deixem o carro na garagem - e é justamente o veículo que ocasiona situações como os 221 quilômetros de congestionamento atingidos em outubro do ano passado - pico registrado no ano. No entanto, a realidade enfrentada pelos motoristas pode ser ainda pior, afinal, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) só monitora 868 Km de vias em toda a capital.

Pensar em alternativas de transporte pode ser uma boa maneira de facilitar o seu trajeto e o tempo de viagem, além de reduzir o seu estresse diário. O transporte público da cidade conta hoje com cinco mil ônibus urbanos, 1.335 linhas de ônibus, 28 terminais de ônibus, cinco linhas de metrô, 62,3 Km de linhas de metrô e mais 20 Km em construção, 55 estações do metrô e 270 Km de linhas de trem.

Faça o teste
Embora pareçam grandes, os números ainda são insuficientes para a dimensão da capital paulista, que conta com aproximadamente 11 milhões de habitantes. Em algumas ocasiões, porém, substituir o carro pelo ônibus, metrô ou trem pode demorar menos tempo e ser menos cansativo do que passar horas parado no trânsito da cidade. Não custa nada fazer um teste e descobrir se essa alternativa satisfaz suas necessidades.

Outra opção para distâncias mais curtas é utilizar a bicicleta ou até mesmo ir a pé. Ambas as alternativas fazem muito bem para a cidade, pois melhoram o trânsito, diminuindo a quantidade de carros na rua, preservam o ambiente por reduzir a emissão de poluentes e fazem bem à sua saúde. Mas o Idec deixa um alerta: como a cidade só possui 37,5 Km de ciclovias, procure evitar avenidas movimentadas, preste atenção nos outros veículos e prefira pedalar do lado direito da via, a um metro dos obstáculos. E não esqueça o capacete!

E se o carro for a única opção?
Se mesmo assim, o uso do carro for a sua melhor ou única alternativa, você ainda pode fazer a sua parte para colaborar com a redução do congestionamento e melhorar o meio ambiente. Para reduzir o número de veículos nas ruas, procure exercitar a carona solidária, dando carona para vizinhos, amigos, colegas de trabalho ou familiares que se deslocarão para locais próximos ou no mesmo sentido que você.

Além disso, pesquise rotas em mapas e guias de ruas para tentar encontrar caminhos alternativos, evitando as avenidas mais movimentadas e as vias com lentidão.

Para colaborar com o meio ambiente, fique atento na hora da compra do automóvel. Existem selos que classificam os carros como muito poluentes ou não poluentes, como a "Nota Verde" criada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) com o objetivo de conscientizar os motoristas do quanto seus carros poluem. A avaliação é uma lista com os níveis de emissão de poluentes pelos veículos (monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio). A classificação atribui ainda de uma estrela (mais poluente) a cinco estrelas (menos poluente) a cada modelo de automóvel. Para reduzir a poluição do ar na cidade, preferira combustíveis renováveis como o etanol, que polui menos.

Outro tipo de selo, o Ence (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) pertencente ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular e avalia a eficiência no consumo de combustíveis pelos veículos. São considerados mais eficientes os carros que, comparados com outros modelos da mesma categoria, consomem menos combustível. A avaliação é realizada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) em parceria com o Conpet (Programa Nacional de Racionalização do Recursos do Petróleo e do Gás Natural). O selo avalia os carros com notas que vão de A até E, sendo A o mais eficiente. O Ence é semelhante ao selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) que avalia o consumo de energia dos eletrodomésticos.

No ano passado, dos 73 automóveis avaliado e selados pelo Ence, somente nove receberam a nota máxima em eficiência. Portanto, a pesquisa e avaliação de cada veículo antes da compra pode beneficiar não só o meio ambiente mas também gerar economia ao consumidor. Então, cobre essas informações antes de comprar o automóvel e, se possível, opte pelo carro avaliado com a nota A.

Infelizmente, o consumidor não consegue encontrar esse selo nos automóveis com tanta facilidade como ocorre com o selo Procel. Exigir das empresas a adoção e divulgação do selo é uma tarefa do consumidor.

Somente mudando seus hábitos e sendo mais consciente de suas atitudes, seja de carro, bicicleta, metro, ônibus, trem ou a pé ,os paulistanos começarão a construir a cidade que tanto desejam.

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