Pesquisa lançada pelo Instituto aborda percepção de consumidoras brasileiras sobre a rotulagem de alimentos e sua relação com o controle de doenças crônicas não transmissíveis
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23/02/2015
Atualizado:
23/02/2015
Foi lançada pelo Idec a publicação "Rotulagem de alimentos e doenças crônicas: percepção do consumidor no Brasil”, com os resultados da pesquisa realizada pelo Instituto em 2013. O estudo completa a terceira e última publicação com os resultados do projeto “Eficácia das políticas públicas brasileiras relacionadas à alimentação não saudável como um fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis”, conduzido pela Ong com apoio do IDRC (International Development Research Centre). A publicação apresenta os questionários e resultados completos da pesquisa inédita sobre o comportamento, percepção e entendimento de mulheres brasileiras em relação à rotulagem de alimentos e a associação dessas características com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
Entre outros resultados, a pesquisa indica que a população brasileira ainda apresenta dúvidas sobre as informações disponíveis nas embalagens de alimentos industrializados. Apesar das consumidoras considerarem o rótulo importante, a composição nutricional é pouco valorizada. Para só 17% das mulheres com maior renda, a composição nutricional é o primeiro item a ser observado, contra apenas 9% das de baixa renda. Em relação à tabela nutricional é a quantidade de calorias quem ocupa o primeiro lugar no ranking de informação mais lida.
As mulheres que possuíam alguma doença crônica como diabetes ou hipertensão declararam ter a mesma frequência e dificuldade de leitura de rótulos que as mulheres saudáveis. Além disso, a tabela nutricional é compreendida parcialmente pelas entrevistadas. Esses resultados ajudam a compreender o panorama da relação dos consumidores brasileiros com a rotulagem de produtos alimentícios industrializados. O estudo também explora ainda a receptividade das consumidoras em relação ao modelo do Semáforo Nutricional na parte frontal das embalagens, apontado como uma alternativa promissora para facilitar o entendimento do perfil nutricional de um produto e a sua influência na saúde.
"Os resultados dessa pesquisa reforçam a posição do Idec da necessidade da informação das embalagens dos alimentos ser mais simples e clara, ajudando o consumidor a fazer escolhas alimentares mais saudáveis” expõe Ana Paula Bortoletto, pesquisadora em alimentos do Idec.
O objetivo geral do projeto, que inclui ainda as publicações “Redução de sódio em alimentos: uma análise dos acordos voluntários no Brasil” e “Publicidade de alimentos não saudáveis: os entraves e as perspectivas de regulação no Brasil”, foi avaliar a eficácia de políticas públicas e da regulação de alimentos no Brasil, incluindo as abordagens compulsórias e voluntárias sobre a rotulagem, a publicidade e a reformulação de produtos alimentícios a fim de prevenir e controlar as DCNT relacionadas à alimentação não saudável.
Baixe aqui todas as publicações da série “Eficácia das políticas públicas brasileiras relacionadas à alimentação não saudável como um fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis”:
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