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Redução de tarifas do Itaú não alivia bolso do consumidor

<p> <em>Analisando a propaganda, constatamos que a grandiosidade da publicidade &eacute; inversamente proporcional &agrave; realidade da redu&ccedil;&atilde;o tarif&aacute;ria</em></p>

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Atualizado: 

01/08/2011

Há alguns dias o Banco Itaú realizou ampla divulgação na imprensa, inclusive com anúncio em horário nobre nas emissoras de tevê, informando sobre redução e extinção de tarifas para as contas corrente de pessoas físicas. 

Veja as informações divulgadas no site do Itaú:
 



fonte: Portal do Itaú (http://www.itau.com.br/campanhas/inst/tarifas/hotsite/tela_2.htm), último acesso em 23/08/07

A grande redução anunciada não ultrapassa o valor de R$ 0,50 em cinco de seus seis produtos. Somente no pacote de serviços mais caro é que a redução apresenta-se maior: R$ 2,70.

Quanto à isenção de tarifas, não se pode deixar de lembrar que ao longo do tempo os bancos passaram a cobrar do consumidor por serviços que já prestavam, a exemplo da emissão de cheques de baixo valor e saque em caixas eletrônicos, cuja tarifa do Banco Itaú oscila entre R$ 1,40 e R$ 1,65. Essa alteração das condições contratuais é afrontosa aos direitos do consumidor.

Também, deve-se ressaltar que a isenção da tarifa de cheques de menor valor já é assunto há algum tempo observado pelo Ministério Público, inclusive com recomendação para que fosse cessada.

Como se não bastasse, a divulgação grandiosa leva a entender que a diminuição tarifária passa a vigorar senão imediatamente (num primeiro momento da apreensão da informação), a partir do dia 1° de setembro. O que não salta aos olhos é que a data considerada pela instituição financeira é base para a isenção somente a partir de outubro.

Dessa forma, a falta de informação ao consumidor ainda predomina, seja pelo não conhecimento adequado dos serviços que seu pacote de "manutenção" de conta contempla, seja pela omissão de dados essenciais na publicidade do banco.