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Idec lança 'Guia dos Bancos Responsáveis 2015' no Brasil

Plataforma é fruto de uma coalizão internacional pela melhoria do sistema financeiro e pretende auxiliar usuários a descobrirem os reais impactos de seus bancos na sociedade

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Atualizado: 

11/02/2015
No dia 11/02, o Idec promoverá o lançamento virtual da versão brasileira do GBR 2015 (Guia dos Bancos Responsáveis). Realizado pelo Idec desde 2010, o projeto é fruto da coalização internacional de sete países (Brasil, Indonésia, Holanda, França, Bélgica, Japão e Suécia), que também realizam o “Fair Finance Guide International” (Guia Internacional de Finanças Responsáveis), coordenados pela Oxfam Novib (confederação que inclui 17 organizações trabalhando através de parcerias e em comunidades em mais de 90 países). 
 
O GBR é uma plataforma online que engloba a pesquisa de estudos de práticas bancárias - como abertura de contas, contratação de crédito e quitação antecipada de crédito - feita pelo Idec, e o trabalho de análise de políticas socioambientais dos seis maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC Itaú e Santander) através da análise de relatórios anuais e de sustentabilidade, políticas de risco e outras informações e documentos publicados por essas instituições financeiras.
 
O resultado, que pode ser acessado a partir do dia 11 no site do Idec, tem como objetivo tornar público os impactos das instituições financeiras na sociedade em treze grandes temas: armas, transparência; impostos; alimentos; meio ambiente; mudanças climáticas, geração de energia, mineração, óleo e gás, remuneração, florestas,  direitos humanos e direitos trabalhistas.
 
O Guia oferece também ferramentas interativas para comparação entre bancos e de mobilização social para melhoria das instituições bancárias, além de notícias e informações úteis que podem auxiliar o consumidor no processo de troca de instituição financeira, em caso de insatisfação. A plataforma possibilita ainda ao usuário consultar o desempenho de seu banco por meio do acesso a informações detalhadas, que a maioria dos consumidores desconhece, organizadas de forma clara e simples, como fontes de investimento, relações trabalhistas e estudos de caso.
 
O usuário pode saber, por exemplo, qual é o papel e forma de atuação do seu banco em relação a empresas que atuam no setor de armas ou como ele se engaja no fomento a geração de energia renovável. A pesquisa também investiga as políticas e a tolerância dos bancos a atividades com implicações e riscos socioambientais comprometedores, como relações de trabalho injustas, bem estar animal e desmatamento.
 
No website também é possível ter acesso à série de pesquisas sobre práticas bancárias que o Idec desenvolveu durante 2014. Está disponível também a comparação de aspectos entre diferentes bancos, o que facilita ao consumidor uma reflexão sobre seu vínculo com instituições que influenciam de forma decisiva a sociedade e as condições de vida atuais. Em caso de insatisfação generalizada, o site fornece duas ferramentas de mobilização. A primeira é a possibilidade de envio de um e-mail diretamente para a área de Sustentabilidade do Banco. Caso a insatisfação seja maior, o site apresenta informações e dicas que podem auxiliar o usuário a trocar seu banco por outra instituição com melhor desempenho.
 
Essas ferramentas incentivam o usuário a assumir um papel mais proativo na mobilização por instituições financeiras mais responsáveis, seja enviando uma reclamação a determinado banco ou até parabenizando-o por possuir práticas exemplares. “A ideia é que a transparência fomentada pelo GBR e sua intensa divulgação contribuam para a melhoria consecutiva das instituições financeiras e do sistema bancário como um todo. Assim, há um incentivo à busca, não somente por melhores práticas, mas por compromissos essenciais e ações que vão além do patamar exigido pela legislação. Em suma, reconhece-se o papel chave do setor financeiro em aperfeiçoar não apenas as práticas bancárias mas também as das empresas que são seus clientes e fornecedores, a fim de garantir o acesso a uma sociedade mais justa, equilibrada, ética e sustentável”, explica Ione Amorim, economista do Idec.