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Idec incentiva consumidores a boicotar produtos da JBS

<div> Instituto apoia movimento pelo boicote, que surgiu de forma aut&ocirc;noma nas redes sociais ap&oacute;s esc&acirc;ndalo de corrup&ccedil;&atilde;o, e ressalta que deixar de comprar &eacute; um forte instrumento de press&atilde;o da sociedade. Veja lista de marcas</div> <div> &nbsp;</div> <div> Atualizado em 26/05/2017</div> <div> &nbsp;</div> <div> ERRATA: Diferentemente do que foi inicialmente divulgado, a J&amp;F, dona da Alpargatas, &eacute; detentora somente da marca Topper Argentina.</div>

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Atualizado: 

26/05/2017
Nesta quinta-feira (25), o Idec manifesta seu apoio ao boicote de marcas e produtos da JBS e de sua holding, J&F Investimentos, cujos sócios estão diretamente  envolvidos em um grande escândalo de corrupção, divulgado na semana passada. 
 
Segundo as notícias, os empresários admitiram, em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, o pagamento de vultuosas propinas a políticos de vários partidos para facilitar a expansão de seus negócios. 
 
A J&F Investimentos é o maior grupo econômico privado do País, e reúne empresas de bens de consumo de diversos segmentos, como a JBS - líder global em processamento de proteína animal, detentora de marcas como Friboi e Doriana -, Vigor, e Alpargatas - maior empresa de calçados da América Latina, dona das marcas Havaianas, Mizuno, entre outras.
 
Dado o porte das empresas e a gravidade do escândalo de corrupção, consumidores já iniciaram, de forma autônoma, campanhas de boicote às marcas do grupo, que correm as redes sociais. 
 
O Idec apoia essas mobilizações, pois considera que deixar de comprar produtos é um importante instrumento de pressão da sociedade para que empresas passem a dar importância aos seus anseios e mudem comportamentos danosos e antiéticos.
 
“O boicote é a materialização de duas das maiores armas que o consumidor tem: seu poder de compra e sua liberdade de escolha”, destaca Marilena Lazzarini, fundadora do Idec e presidente de seu Conselho Diretor.  
 
Ela ressalta que boicotes e outras formas de protesto podem ser acionadas contra quaisquer empresas com práticas social ou ambientalmente irresponsáveis. “São instrumentos que já foram utilizados de forma eficaz em vários momentos da história e que contribuem para o fortalecimento da cidadania”.
 
Marcas e produtos
 
Veja, abaixo, as principais marcas ligadas à J&F Investimentos, consultadas em seu site oficial. Clique aqui para conferir a lista completa.
 
ALIMENTOS  (JBS e Vigor)
 
Amélia
Danúbio
Doriana
Faixa Azul
Friboi
Hans Frigor
Itambé
Leco
Massaleve
Mesa
Resende
Seara
Serrabela
Swift
Vigor
 
HIGIENE E LIMPEZA (Flora)
 
Albany
Assim
Francys
Kolene
Minuano
Neutrox
Ox Cosméticos
 
CALÇADOS E VESTUÁRIO (Alpargatas)
 
Dupé
Havaianas
Mizuno
Osklen
 
Outros motivos para boicotar
 
O caso de corrupção no âmbito da Lava Jato não é o único escândalo recente envolvendo a JBS. Ela também está inserida na Operação Carne Fraca, deflagrada em março, que apresentou graves denúncias de fraudes em produtos de origem animal. 
 
Semanas depois, a empresa também foi multado em R$ 24,7 milhões pelo Ibama por compra de gado de áreas de desmatamento ilegal no Pará, em um esquema de manipulação dos documentos que certificam a origem do boi. 
 
Além disso, outra crítica pertinente à J&F é a concentração de mercado que vem sendo promovida pelo grupo, criando um verdadeiro oligopólio. “Ao absorver marcas de diferentes setores, ela limita as possibilidades de escolha do consumidor”, diz Lazzarini.
 
Protestar funciona
 
O boicote a empresas antiéticas está diretamente ligado ao surgimento do movimento de consumidores, no fim do século XIX, nos Estados Unidos.  
 
Nessa época, grupos organizados criaram “listas brancas” com empresas que respeitavam os trabalhadores, e recomendavam boicotar as que estavam fora dela. Com isso, conseguiram melhorar as condições de trabalho nas fábricas.
 
Outras formas de protesto organizadas por consumidores também foram bem-sucedidas na história, inclusive no Brasil. Uma delas foi a campanha promovida pelo Idec de envio de e-mails aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2006, quando eles julgaram uma ação dos bancos que tentava impedir a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) às suas atividades. A mobilização popular deu certo, e os serviços financeiros continuam sujeitos ao CDC.
 
 
 

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