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Em meio a mais de 220 organizações de defesa do consumidor de todo o mundo, o Idec esteve presente em um debate sobre a proteção dada ao consumidor financeiro no primeiro dia do 19º Congresso Mundial da Consumers International, federação que congrega as principais organizações de defesa do consumidor, da qual o Idec é membro. O evento, que ocorre entre 3 e 6 de maio, tem como objetivo discutir ações para o consumo sustentável e economia ecológica, além da responsabilidade social das empresas e medidas que garantam proteção e defesa dos direitos dos consumidores.
A coordenadora executiva do Idec, Lisa Gunn, foi convidada e participou de uma reunião entre representantes da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), do FSB (Financial Stability Board) e organizações de consumidores de países como África do Sul, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Eslovênia, além da própria Consumers International. A reunião foi pautada pela necessidade de trabalhar em caminhos para que a proteção ao consumidor de serviços financeiros seja incorporada na regulação do sistema financeiro nos países membros do G20.
Em contrapartida, o Idec e demais organizações de defesa do consumidor apresentaram a realidade que os consumidores enfrentam em relação aos serviços financeiros de seus países. Lisa Gunn falou sobre a necessidade de garantir que as instituições financeiras, um dos setores mais reclamados pelos consumidores brasileiros, respeitem os direitos dos clientes, além da necessidade de inclusão dos consumidores que, até recentemente, estavam fora do mercado de consumo. "Atualmente, a principal forma de acesso a crédito por esses consumidores é pelos cartões de crédito, com destaque para os cartões de lojas do varejo, que cobram uma das taxas de juros mais altas", afirmou Lisa Gunn. "O Banco Central do Brasil precisa normatizar práticas das instituições financeiras na oferta de seus serviços de forma a proteger os consumidores brasileiros".
Alternativas sustentáveis ao consumidor é peça-chave
Além de debates sobre a proteção do consumidor financeiro, aconteceu nesta quarta-feira (4/5), segundo dia do congresso, a sessão "Todos os caminhos devem levar à Rio+20?", que discutiu os principais desafios para um desenvolvimento sustentável no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável 2012, conhecida popularmente como Rio+20.
Para o Idec, a Rio+20 será um momento importante para mobilizar a atenção mundial e pensar alternativas acessíveis para mudanças de hábitos de consumo. São necessárias alternativas sustentáveis de produtos e serviços para que os consumidores possam satisfazer suas necessidades, e, simultaneamente, contribuir para minimizar impactos ambientais. "Temos de lutar por produtos e serviços mais sustentáveis e que eles sejam acessíveis para todos, pois os que existem atualmente são tratados como nichos de mercados," afirma a coordenadora executiva do Idec.
"Ao mesmo tempo que enfrentamos o desafio de reduzir em 40% até 2020 as emissões de gases do efeito estufa, de modo que a temperatura não aumente mais de 2º C, não podemos esquecer que temos o desafio de garantir o acesso a bens e serviços para milhões de pessoas que estão fora ou apenas entraram no mercado recentemente", lembra Lisa. A responsabilidade desse esclarecimento aos consumidores deve ser dividida entre políticas públicas governamentais, atuação mais pró-ativa das empresas, e , por fim, atuação consciente dos consumidores finais.
Confira aqui as fotos da cerimônia de abertura do Congresso Mundial da CI. Acompanhe a cobertura também pelo blog do Congresso (em inglês ou espanhol).