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Consumidores têm dúvidas sobre como destinar corretamente seu lixo doméstico

<p> <i>Enquete no site do Idec mostra que a destina&ccedil;&atilde;o correta dos res&iacute;duos ainda &eacute; desconhecida de muita gente. Saiba algumas alternativas para o descarte sustent&aacute;vel</i></p>

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Atualizado: 

25/07/2011

Dar um fim correto a todo lixo produzido numa residência é algo que gera dúvidas em boa parte dos consumidores. É o que mostrou o resultado de uma enquete feita pelo site do Idec: quase 32% dos consumidores ainda não sabem como destinar corretamente seu lixo ou não como ter certeza de que os resíduos separados serão efetivamente enviados à cooperativas onde a reciclagem é realizada.

"O fato de metade das pessoas (50,9% dos respondentes da enquete) dizer que realiza a coleta seletiva em casa mostra sensibilização para o impacto do descarte incorreto dos resíduos e que muitas pessoas já vêm incorporando uma mudança de atitude prática, mais sustentável na hora de descarte", afirma a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux. "Entretanto, mais de um terço (31,1%) ainda percebe falta de informação sobre a destinação correta de lixo, o que indica a relevância de se ampliar a divulgação e estratégias de estímulo à geração e descarte responsável de resíduos recicláveis e não recicláveis", completa a pesquisadora.

Dicas
Para separar o material a ser recolhido pelo serviço de coleta seletiva ou catadores, uma boa ideia é ter sacos de lixo de quatro cores diferentes para distinguir onde você deve jogar os vários tipos de resíduo: plástico, metal, vidro e papel. Outra alternativa é adaptar dois baldes diferentes: um para o lixo orgânico - restos de alimentos e papéis sanitários - e outro para o reciclável. Vale lembrar que alguns materiais não são recicláveis: papel higiênico, papel plastificado, papel de fax ou carbono, vidros planos, cerâmicas ou lâmpadas.

É importante tirar o excesso de sujeira dos materiais recicláveis. Não é necessário lavá-los com esponja. Passar uma água é suficiente para a maioria dos materiais. É necessário deixar secar o que foi lavado antes de enviar para a reciclagem. Vidros quebrados e demais materiais cortantes devem ser embrulhados num jornal, para evitar acidentes.

Já no descarte de pilhas e baterias, lembre-se de que elas não podem ser descartadas junto com o lixo doméstico, pois contém metais pesados, e quando molhadas, contaminam o meio ambiente. O ideal é procurar um posto de coleta que dará um fim correto às pilhas. Algumas lojas de produtos eletrônicos, como celulares, e estabelecimentos que comercializam esse tipo de material às vezes contam com postos para descarte.

A coleta seletiva e a reciclagem do lixo doméstico apresenta, geralmente, um custo mais elevado do que as convencionais. Entretanto, iniciativas comunitárias ou empresariais podem reduzir a zero os gastos da prefeitura, e mesmo contribuir com benefícios para entidades ou empresas. Separar os materiais em casa evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis e diminui os custos da reciclagem.

Como as prefeituras são responsáveis pela coleta urbana, entre em contato com a sua para saber quais são os dias em que a coleta seletiva passa em seu bairro.

Resíduos na pauta do governo
Outra medida que pode ajudar na destinação correta do lixo, principalmente o eletrônico, é a chamada Logística Reversa. Ela se caracteriza por um processo que se inicia na conscientização de consumidores e fabricantes. Do lado do consumidor, sua responsabilidade é ponderar se realmente precisa daquele aparelho, pois o descarte indiscriminado de lixo eletrônico é cada vez maior com o passar do tempo. Pelo lado do fabricante, é dele a responsabilidade de garantir com que o descarte dos produtos fornecidos cause o menor impacto possível ao meio ambiente.

Em dezembro de 2010, foi publicado o decreto nº 7.404, que regulamenta a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Essa é uma decisão que começa a sair do papel após anos de discussão. Em fevereiro deste ano, começou a ser formado o Comitê Orientador da Política da Logística Reversa, constituído por cinco ministérios, entre eles o Ministério do Meio Ambiente.


O objetivo da PNRS é estabelecer metas e prazos para a implantação da Logística Reversa no País. "A recente aprovação da Lei de Resíduos Sólidos, renova a importância de debater sobre as responsabilidades de todos e de cada um - empresas, governos e consumidores - para a prática efetiva do consumo sustentável", finaliza Adriana.