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Coca-Cola Brasil se recusa a adotar semáforo nutricional e continua aquém de boas práticas internacionais

<div> Companhia se posiciona sobre informa&ccedil;&atilde;o na rotulagem e declara n&atilde;o aderir &agrave; pr&aacute;tica exemplar que garante melhor compreens&atilde;o do valor nutricional do produto frente recomenda&ccedil;&otilde;es de consumo do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de</div>

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Atualizado: 

17/11/2014
Em outubro deste ano, o Idec, a CI (Consumers International) e demais entidades de defesa do consumidor da América Latina lançaram campanhas em seus países pedindo para a Coca-Cola Brasil incluir o modelo de semáforo nutricional na rotulagem de seus produtos, seguindo o padrão já adotado no Reino Unido. Através da medida seria possível identificar se o produto contém alta, média ou baixa quantidade de açúcar e sódio, por exemplo, de acordo com padrões internacionais.
 
No dia 29 de setembro o Idec enviou uma carta à presidência da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa, pedindo a inclusão do modelo. Em resposta, a companhia declarou que já apoia programas de estímulo a atividades físicas e que optou por não seguir o padrão adotado voluntariamente no Reino Unido em parceria com o governo. O Idec vai encaminhar uma carta respondendo às colocações da empresa.
 
O Idec acredita que a resposta da Coca-Cola Brasil é inconsistente, na medida em que o estímulo a hábitos de vida saudáveis não substitui a divulgação de informações sobre o produto - essenciais para a manutenção da saúde dos consumidores. De maneira semelhante, as ações da companhia já em curso nesse sentido também não esclarecem para o grande público sobre recomendações de consumo adequado do produto ou sua participação em uma alimentação saudável, já que se trata de um alimento com elevado teor de açúcar.
 
Entendemos que, quando uma companhia internacionalmente reconhecida avança na adoção de medidas para facilitar o entendimento do consumidor sobre a composição do produto, a iniciativa deve ser aplicada globalmente, como reflexo do posicionamento da marca. 
 
Dessa forma, a empresa está orientando corretamente sobre o impacto nutricional - e consequentemente, na saúde - utilizando uma comunicação mais transparente e completa. Além disso, a recusa em adotar o semáforo internacional pode sinalizar que um produto não se encaixa nos padrões de consumo saudável regulamentados por instâncias públicas de saúde.
 
O mercado consumidor brasileiro, assim como o britânico, tem o direito à informação.O Idec seguirá em campanha e ações em conjunto com as organizações de defesa do consumidor da América Latina e a Consumers International, para cobrar da Coca-Cola a adoção do modelo de rotulagem também no Brasil.
 
O que você pode fazer?
 
Participe da campanha da América Latina aqui.