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Anvisa proíbe o uso de agrotóxico após comprovar que faz mal à saúde

<p> <i>Proibi&ccedil;&atilde;o do agrot&oacute;xico metamidof&oacute;s &eacute; vit&oacute;ria para o consumidor. Por&eacute;m, s&oacute; entra em vigor efetivamente dentro de dois anos</i></p>

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Atualizado: 

26/07/2011

O agrotóxico chamado metamidofós sairá do mercado brasileiro, de acordo com uma determinação divulgada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na segunda-feira (17/1).

Atualmente utilizado em lavouras de algodão, feijão, amendoim, batata, soja, tomate e trigo, para eliminar insetos e ácaros, o produto passou por uma reavaliação toxicológica na qual foi comprovado que seu uso traz risco à saúde humana. O metamidofós é classificado pela Anvisa como extremamente tóxico (classe toxicológica I).

O agrotóxico metamidofós já tem o uso proibido e restrito em diversos países da da União Europeia, China, Paquistão, Indonésia, Japão, Costa do Marfim e Samoa. A reavaliação comprovou que ele pode causar transtornos aos sistemas neurológico, imunológico, endócrino (produtor de hormônios) e reprodutor, bem como ao desenvolvimento do feto, características que o faz se enquadrar na lista de agrotóxicos que não podem ser registrados e comercializados no País.

A proibição do uso do metamidofós é considerada uma vitória. "O encerramento de mais uma reavaliação de agrotóxico pela Anvisa é uma boa notícia e o esforço da agência de retirar do mercado aqueles que fazem mal a saúde deve ser aplaudido", declarou a advogada do Idec, Juliana Ferreira.

Mas, apesar do fim da comercialização do produto estar prevista para o final desse ano, os comerciantes terão até dois para se adaptar à decisão da Anvisa, prazo extensivo demais, na opinião do Idec, considerando que a substância só causa danos ao consumidor.

"Mais uma vez, a Anvisa protelou o banimento do agrotóxico para daqui dois anos, tempo dado para que as empresas baixem os estoques e os produtores se adaptem, apesar de todos os malefícios já comprovados que este produto pode causar à saúde da população", afirmou a Juliana. "Uma decisão de governo não pode sobrepor interesses econômicos à saúde pública".