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Como fugir da alta dos preços nos supermercados

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Atualizado: 

13/10/2017
Ione Amorim

Um fantasma está rondando a economia do país e tirando o sono dos brasileiros que vão ao supermercado com frequência. O preço dos alimentos e de bens e serviços insistem em manter um crescimento que incomoda a todos, sustentado pelo aquecimento econômico dos últimos anos.

É uma realidade diferente do que vivemos a até pouco mais de uma década, quando o consumidor recebia o salário e corria ao supermercado para fazer compras para o mês inteiro e fugir da inflação crescente que persistia no Brasil até 1994.

Desde que entrou em vigor o Plano Real, houve a estabilização econômica no país e hoje, com maior poder de compra e oferta de produtos e serviços em grande escala, o país cresce e consequentemente surgem alguns gargalos de infraestrutura (fornecimento de energia, transporte e logística, comercio exterior, política tributária e trabalhista entre outros), que impactam fortemente a economia e ameaçam a continuidade do crescimento e da melhoria de vida da população.

Nos últimos quinze anos os consumidores mudaram os hábitos de consumo e passaram a ir aos supermercados com mais frequência e comprando menos quantidades. O perfil das famílias também mudou, ficaram menores e mais pessoas passaram a consumir mais produtos.

Nesse contexto, as grandes redes de supermercados iniciaram processo de grandes fusões, abriram lojas em vários estados e adquiram marcas destinadas para públicos de diferentes classes sociais. Surgiu o conceito de grandes atacados para viabilizar os pequenos estabelecimentos, localizados em regiões com menor concentração demográfica e perfil sócio econômico.

Na luta pela concorrência, os supermercados realizam promoções e oferecem descontos maiores em alguns produtos em dias específicos. Essas ações são feitas baseadas em pesquisa de comportamento que observam como o consumidor realiza as compras e as preferências e, dessa forma, distribuem os produtos nas prateleiras e desenvolvem estratégias para vencer os concorrentes.

Todas as estratégias são afetadas pela conjuntura econômica que descrevemos anteriormente, que resultam nas variações de preços que o consumidor encontra na hora de passar no caixa do supermercado.

Além disso, o fator climático possui grande impacto na oferta de commodities alimentares (soja, arroz, milho, trigo, café, algodão) e tem sido fortemente comprometido pelas alterações climáticas com grandes períodos de seca ou de chuvas intensas nas regiões produtoras, alterando significativamente a produção no campo, mesmo diante dos avanços tecnológicos aplicados à agricultura em todo o mundo.

Diante desses fatores, o consumidor que vai ao supermercado ou à feira livre acaba encontrando uma grande variação dos preços dos produtos diariamente, não só em alimentos, mas, nos materiais de limpeza e outros. O consumidor precisa, portanto, primeiramente, observar os produtos que melhor atendam sua necessidade e que são consumidos com regularidade em sua casa.

Deve ainda dimensionar a quantidade de produtos em função do número de pessoas que fazem todas as refeições em casa com frequência, como criança em idade escolar, enfim, registrar o consumo de acordo com a rotina da casa. Para gerenciar melhor a parcela do salário destinada às compras nos supermercados é preciso um pouco de paciência para driblar os preços nos supermercados, disposição, organização e algum planejamento.

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