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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vem acompanhando o caso e divulgou na semana passada uma nota técnica com o objetivo de esclarecer a população sobre o surto recente causado pela superbactéria. Segundo a agência, a EHEC é normalmente encontrada nos intestinos humanos, entretanto, algumas versões da bactéria podem causar doenças, como acontece no caso europeu. A bactéria é transmitida ao homem pelo consumo de alimentos contaminados, principalmente carne e lei crus ou mal cozidos. O consumo de vegetais crus também pode ser uma rota de transmissão.
Especialistas europeus não conseguiram dizer qual foi a origem da contaminação no caso alemão. No entanto, o número de pessoas contaminadas no país - cerca de 1,5 mil - atenta para a necessidade de que o consumidor esteja comprometido em verificar a procedência dos alimentos que consome, além de não descuidar da higienização, como forma de evitar as contaminações.
Higiene essencial
No Brasil ainda não foram detectados casos de contaminação pela EHEC. Mesmo assim, é necessário estar atento à higienização dos alimentos, pois o manuseio incorreto e a conservação inadequada podem ser a origem de doenças que variam desde uma simples diarreia, até intoxicações mais graves.
Uma dica básica e simples é o hábito de lavar as mãos antes de iniciar a preparação dos alimentos e durante todo o processo. Os equipamentos, utensílios e superfícies que entrarão em contato com o alimento também devem estar limpos. O local onde o alimento será preparado, como bancadas de cozinha e tábuas de corte, devem ser mantidas em bom estado de conservação, sem rachaduras, trincas e outros defeitos que favoreçam o acúmulo de líquido ou sujeira.
Frutas e hortaliças devem ser lavadas em água corrente. Os que apresentam casca mais rugosa ou resistente podem ser esfregados com uma escovinha. Vale lembrar que, se consumidas cruas, as verduras devem ser colocadas em uma solução clorada (para cada 1 litro de água, 1 colher de sopa de água sanitária sem cheiro e sem corantes) por cerca de 15 minutos.
Já a prática de deixar as hortaliças imersas em água com vinagre pode não ser uma boa opção, pois não existem evidências científicas de que o vinagre tenha uma ação eficaz na eliminação de qualquer tipo de bactéria.
Alimento Seguro
No armazenamento, é preciso estar atento também à temperatura dos alimentos. Para evitar a propagação de bactérias, é importante não deixar alimentos cozidos por mais de duas horas à temperatura ambiente. Os alimentos perecíveis devem ser refrigerados, preferencialmente abaixo de 5º C. Os cozidos devem permanecer quentes (acima de 60º C) até o momento de serem servidos.
Procure também realizar as compras em estabelecimentos de sua confiança. Quanto mais informações sobre a origem de determinado alimento, menos chances de que ele esteja contaminado ou armazenado incorretamente.
É importante saber ainda que o descongelamento de carnes e demais alimentos nunca deve ser feito à temperatura ambiente, mas sim em condições de temperatura inferior a 5º C, ou em forno de micro-ondas, quando o alimento precisar ser submetido imediatamente ao cozimento. Os alimentos também não podem ser armazenados durante muito tempo. O prazo máximo de consumo do alimento já preparado deve ser de cinco dias, mesmo que conservado sob refrigeração.
Confira mais algumas dicas para armazenar seus alimentos de modo mais adequado, evitando o risco de contaminação: