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Embora mais barato, brinquedo 'pirata' pode colocar as crianças em risco

Idec orienta que pais sempre optem por brinquedos levando em conta os riscos à saúde e à segurança dos pequenos  

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Atualizado: 

31/10/2014
Com a aproximação do Natal aumenta muito a venda de brinquedos. Seja pelo preço ou pela facilidade e variedade dos produtos, é crescente o consumo dos chamados “brinquedos piratas”, isto é, os produtos mais baratos e de baixa qualidade, muitas vezes contrabandeados ou vendidos ilegalmente no País. Mas fique alerta: muitas vezes esses produtos apresentam riscos aos consumidores que os adquirem sem conhecimentos dos riscos.
 
O Idec orienta que a escolha dos brinquedos das crianças deve sempre levar em conta os riscos à saúde e à segurança, além do estímulo educativo que os presentes podem proporcionar. Para auxiliar na compra, o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e a classificação indicativa de idade são ótimos aliados. No entanto, segundo o gerente técnico do Idec, Carlos Thadeu de Oliviera, o recomendável é que os pais estejam atentos às crianças no momento da utilização do brinquedo, porque o mau uso também pode ocasionar acidentes.
 
"No geral, os pequenos podem estar envolvidos com crianças de outras idades e, nessa troca de brinquedos, uma criança de dois anos pode colocar um sapatinho de boneca no nariz ou no ouvido. Além disso, também pode acontecer de uma criança molhar um produto que não poderia ir na água e este se tornar possivelmente tóxico", explica Oliveira.
 
 
Dicas para os pais 
  • - O consumidor deve exigir o selo de identificação da conformidade ou selo de certificação do Inmetro antes de comprar o produto, pois o selo demonstra que o produto atende a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos vigentes no Brasil;
  • - Evite comprar produtos no comércio informal, pois embora tais produtos sejam geralmente mais baratos, na quase totalidade dos casos são irregulares, falsificados e, entre outras coisas, podem conter substâncias tóxicas na sua composição;
  • - Exija sempre a nota fiscal do estabelecimento onde comprou o produto para que haja responsabilidade social em caso de acidente ou defeito;
  • - Preste atenção à faixa etária recomendada para o produto e tenha cuidado redobrado quando existir na casa crianças com diferentes idades;
  • - Evite brinquedos com pontas ou extremidades cortantes e peças pequenas que possam se desprender com facilidade e provocar acidentes (asfixia, inalação, ferimentos);
  • - Os mesmos cuidados devem ser observados nas embalagens dos brinquedos. De preferência, abra-os junto com a criança, pois o plástico rígido, grampos e arames presentes nas embalagens podem machucá-las;
  • - Também é importante que os pais leiam as instruções de uso e os manuais de instrução, sobretudo dos brinquedos eletrônicos ou que necessitem de carga elétrica;
  • - Atenção redobrada aos brinquedos pintados. Opte por aqueles dos quais tenha conhecimento da procedência porque eles podem ter sido pintados com material tóxico (as crianças menores costumam colocá-los na boca, aumentando riscos de intoxicação);
  • - Certifique-se de que na embalagem do produto há o número do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para possíveis notificações em caso de algum acidente;
  • - Vale lembrar ainda que os brinquedos devem conter instruções em português.
 
 
Denúncias e fiscalização
Eventuais denúncias sobre irregularidades notadas nos brinquedos (falta de certificação ou identificação do fabricante/importador) devem ser feitas aos Procons e aos órgãos delegados do Inmetro e ao Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) de cada Estado. Esses órgãos também são os encarregados de fiscalizar os brinquedos no comércio.
 
No caso de acidentes, a recomendação do Idec é que os pais consultem imediatamente um médico, mas também não se esqueçam de notificar o Inmetro e órgãos de defesa do consumidor, para que esses registros possam auxiliar no aprimoramento da regulamentação dos produtos, para a proteção cada vez maior das crianças.