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Dicas para escolher sua escova de dentes

Para que os consumidores façam escolhas melhores, não devem se restringir ao preço, mas a outros critérios importantes de acordo com seu uso

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Atualizado: 

18/06/2013
Em cooperação técnica com o Inmetro em diversos testes, o Idec elaborou algumas orientações e informações úteis aos consumidores na hora de escolher a escova de dentes ideal. O teste feito aos produtos foi veiculado na imprensa recentemente (veja aqui). Para que os consumidores façam escolhas melhores, não devem se restringir ao preço, mas a outros critérios importantes de acordo com seu uso. Confira as dicas do Idec:
 
Faixa etária e necessidades específicas: É preciso observar a escova ideal para cada idade, de acordo com a recomendação na embalagem. Pessoas que utilizam aparelhos ortodônticos, que possuem implantes dentais ou próteses odontológicas podem necessitar de escovas especiais. Assim como, em casos de pós-cirurgia oral e utilização de próteses removíveis, o uso de escovas adequadas pode ser necessário;
 
Prefira as cerdas macias: Salvo recomendações expressas de um dentista, deve-se usar escovas dentais com cerdas macias ou extramacias para evitar o desgaste do esmalte dental ou traumatismos nas gengivas, que podem gerar quadros de hipersensibilidade e dor;
 
Escovas elétricas: Estas têm sido indicadas a pacientes que tenham algum tipo de dificuldade motora para realizar a escovação e, especialmente, a pessoas idosas que tenham alto risco às cáries radiculares* e também à doença periodontal**. O uso da escova elétrica, nesses casos, serve de estímulo para que o paciente mantenha sua saúde bucal mesmo tendo dificuldades motoras.
 
Para o Idec, algumas informações ainda não são muito claras ao consumidor e, portanto, seria necessário que os órgãos responsáveis reavaliassem a obrigatoriedade de informações nos rótulos das escovas dentais.
 
Quanto à flexibilidade das cerdas, o mercado ainda informa a existência de escovas dentais com cerdas duras, médias, macias, extramacias, ultramacias e supermacias. Contudo, as informações disponíveis ao consumidor não são claras, podendo leva-lo a erro quanto à escolha da melhor escova para sua necessidade. Além disso, quantidade das cerdas e suas características (pontas arredondadas ou retas) também têm grande importância para a eficiência da higiene bucal. Todavia, tais informações, com raras exceções, não estão disponíveis ao consumidor.
 
No Brasil, a legislação específica para a regulamentação de escovas dentais está representada pela Portaria SVS/MS (Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde) nº 97, de 26 de junho de 1996 que dispõe sobre as Normas e Requisitos Técnicos, a que ficam sujeitas as escovas dentais, com ou sem pigmentos ou corantes nas cerdas e pela RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) nº 10, de 21 de outubro de 1999 que dispensa estes produtos de registro junto ao Ministério da Saúde, mas condiciona sua comercialização à comunicação prévia à Anvisa. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) não possui normas referentes às escovas dentais.
 
Para sua saúde bucal
• Escovas dentais devem ser indicadas sempre por um dentista. Este deverá também orientar quanto à melhor forma de higienização das mesmas;
• As escovas devem ser substituídas, no mínimo, a cada 3 meses;
• Recomenda-se 3 escovações diárias. Todavia, a mais importante e que merece maior atenção é a da noite, antes de dormir, com a utilização de fio dental e posterior escovação mais cuidadosa. Recomenda-se que o processo dure em torno de 10 minutos.
 
 
*São cáries que se formam na raiz do dente devido à retração da gengiva, natural em indivíduos idosos.
**Doença infecto-inflamatória que acomete os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes.