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Dentro de duas semanas, acontecerá uma das maiores festas populares do Brasil, o Carnaval. E existem alguns apelos midiáticos sobre a ditadura do corpo perfeito e da necessidade de dieta para desfilar por aí nas ruas e nos blocos, que induzem muitas pessoas a começar dietas da moda. Por isso, nosso alerta hoje é sobre os riscos que essas propostas podem causar.
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Estamos no segundo mês deste novo ano e, por conta da proximidade do Carnaval, algumas pessoas fazem resoluções de dietas mirabolantes visando a perda rápida de peso.
Por trás desses métodos que prometem resultados rápidos existem muitas consequências prejudiciais à saúde.
Estudos científicos têm demonstrado que dietas restritivas podem levar a diversos prejuízos à saúde, principalmente em decorrência da ingestão restrita de alimentos e do longo intervalo entre as refeições.
E claro, a indústria alimentícia tem uma parcela em tudo isso.
Fazem publicidade nomeando alguns produtos como “superalimentos” e vendem fórmulas (sopas de pacote, shakes, etc) com a promessa de efeitos milagrosos no corpo e na saúde, induzindo a modismos e padrões de comportamento alimentar que rompem com o verdadeiro ato de alimentar.
Desequilíbrio na relação com a comida
As dietas restritivas boicotam os verdadeiros sinais de fome e saciedade. Ao invés de se guiar pelas necessidades fisiológicas e pelo prazer para consumir os alimentos, em muitos casos, esse tipo de dieta estimula medo, culpa ou obrigação, o que colabora para uma relação desarmoniosa com a comida, que passa a ser encarada como inimiga.
Essa relação disfuncional com a comida pode levar a comportamentos inadequados, como comer escondido, pular refeições ou se sentir culpado após comer.
A restrição alimentar também pode afetar o humor, a autoestima e a qualidade de vida. A pessoa que faz dieta pode se sentir frustrada, irritada, ansiosa e deprimida, o que pode prejudicar seus relacionamentos e sua vida social.
A cultura da dieta é inimiga da saúde e da verdadeira alimentação adequada e saudável.
Precisamos desmistificar do coletivo a ideia de que só corpos magros são saudáveis e promover uma relação mais leve com a alimentação.
Comer saudável depende de um compromisso vitalício com a escolha de alimentos adequados e do comer de forma equilibrada.
Afinal, o mais importante é saber comer, e não o ato de restringir drasticamente a quantidade de comida ou ficar longos períodos sem comer.
Por isso, viemos fazer essa demarcação importante sobre os riscos dessas dietas para que você reflita e compartilhe esse conteúdo com outras pessoas.
Tem mais alguns pontos que gostaríamos que você levasse em conta quando te falarem sobre os benefícios de uma dieta:
- Foco na saúde, não só no peso: não se limite a um número na balança. Incorpore hábitos saudáveis que promovam o bem-estar geral, como alimentação equilibrada, comer em companhia, sono de qualidade e gerenciamento do estresse.
- Exercícios por prazer e saúde: a prática de exercícios físicos deve ser entendida como uma forma de cuidar do corpo e da mente, e não apenas como uma ferramenta para perder peso. Encontre um esporte que você goste e que te dê prazer, isso contribui para praticar regularmente.
- Respeito corporal: nem sempre é simples, mas sempre que possível exercite respeitar o seu corpo como ele é.
- Relação harmoniosa com a comida: é importante que a comida não seja vista como inimiga. Exercite comer com atenção plena, saboreando cada garfada, priorizando refeições balanceadas com alimentos in natura e sempre respeitando os seus limites.
- Busque ajuda profissional: se você tem dificuldades em lidar com a alimentação ou com a imagem corporal, procure a ajuda de um profissional de saúde qualificado, como nutricionista, psicólogo. Ele poderá te ajudar a construir uma relação mais saudável e equilibrada com a comida e com seu corpo.
E ainda tem um plus de dicas nesse material que produzimos sobre alguns fatos sociais importantes sobre corpos e alimentação, vem conferir!
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ESTUDO
⚠️ Ultraprocessados invadindo o Brasil
Um mapeamento do Governo Federal em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) mostrou que oito em cada 10 brasileiros que vivem em centros urbanos, sendo que destes, 16 milhões residem em favelas e periferias, locais onde se concentram os chamados “desertos alimentares” e “pântanos alimentares”. A região Sudeste é a que possui a maior parte da população em desertos alimentares, cerca de 15 milhões, o que representa 58% da população. Revista Fórum
OUÇA
🌳 A riqueza abrigada nas cabrucas
O podcast retrata a importância da expansão do cultivo do cacau no Sul da Bahia para a ampliação e a preservação da flora e da fauna locais. O depoimento de especialistas reforça o papel das cabrucas (sistema de cultivo de cacau em meio à Mata Atlântica) para a biodiversidade e o turismo ambiental. O Eco
ARTIGO
📱 O vazio digital com ultraprocessados
A autora propõe uma reflexão sobre como as redes sociais têm estratégias para prender pessoas a usos cada vez maiores e intermináveis. Esse formato, combina com o consumo de ultraprocessados, comidas que não se parte, mastiga ou prepara, e sim que se pede por uma tela para continuar online. Além disso, passa por pontos como os laboratórios privados da indústria que criam ingredientes que manipulam o mecanismo cerebral de recompensa que está vinculado ao que se come ou se bebe, conforme os próprios interesses comerciais. Aliança para a Alimentação Adequada e Saudável
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Tania Campos
Documentarista e permacultora urbana. Pesquisa história e cultura das plantas nativas brasileiras – @casaplanta
Transformar minha casa em um laboratório de agrofloresta urbana e autonomia alimentar, mostrou como pequenas ações cotidianas revolucionam realidades.
Hoje, somos muitas casas e condomínios conectados, trocando mudas e apoiando soluções mais ‘eco-lógicas’. Mesmo com pouco espaço, plantando em caixotes, vasos e até diretamente sobre o cimento, usando galhos e folhas para imitar o solo da floresta. Plantar o próprio alimento devolve autonomia, autocuidado e corresponsabilidade com o meio ambiente.
São gestos simples como separar talos e sementes para replantar, seja em casa ou em hortas públicas, utilizar todas as partes dos alimentos e compostar eventuais resíduos, reduzindo drasticamente o volume de lixo. Comprar de empresas sustentáveis e pequenos produtores, valorizando colheitas da estação e dos biomas brasileiros, além de possíveis sistemas de captação de água da chuva e energia solar.
Se investirmos em novas formas de pensar, agir e conectar nossos modos de vida, é possível criar um sistema de regeneração para as grandes cidades, enfrentando crises hídricas e alimentares com mais resiliência e esperança.
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A fruta da pereira é parente da maçã
A árvore de pereira gera… peras! A espécie é natural de clima temperado, muito provável que sua origem seja na Europa Central e foram os próprios europeus que espalharam a fruta nos demais países. A maçã e a pera pertencem à família Rosácea e, apesar do parentesco botânico, elas são bem diferentes.
A polpa da pera varia de acordo com a espécie escolhida, podendo ser macia, dura ou granulosa. Quanto à consistência, os tipos de pera variam entre a dura e granulosa e a macia e cremosa, que se desmancha na boca. As variedades mais conhecidas no Brasil são: willians, d'água, pé curto e red (de casca vermelha). Um fato curioso sobre a variedade Williams é que no século 17, um certo Williams, horticultor de Berkshire, na Inglaterra, evoluiu a fruta a partir de mudas compradas de John Stair, um professor vizinho que não dispunha de tempo para cuidá-las.
Resistente a longos períodos de estiagem
Originária da Índia e trazida para o Brasil na década de 60, a moringa (Moringa oleifera Lam) se adapta bem a diversos tipos de solos, é resistente a longos períodos de estiagem e serve de alimento para animais em períodos de seca. Mas essa planta alimentícia não convencional (PANC) também é um ótimo alimento para nós, humanos. É conhecida popularmente como moringa, acácia-branca, árvore-rabanete-de-cavalo, cedro, moringueiro e quiabo-de-quina.
As folhas frescas da moringa são usadas como hortaliça folhosa (crua, cozida) ou tempero; folhas desidratadas e trituradas (farinha) podem ser usadas em diversas preparações, sendo considerada um suplemento alimentar para combater a desnutrição. As flores, pequenas, perfumadas, de cor branco-creme, também são comestíveis. A vagem da planta, de cor verde a marrom esverdeado, é consumida cozida, em saladas ou ensopados. Já as sementes são torradas e trituradas e resultam em um óleo, conhecido como ‘Ben’ ou ‘Behen’, que pode ser utilizado, entre outras funções, para o consumo alimentar.
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Risoto de pera e queijo
Coloca na panela de pressão e a receita fica pronta em três minutos. Você pode adaptar alguns alimentos da receita, como o tipo de queijo que vai acompanhar a fruta, ela combina com todos.
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Farofa de pão com abobrinha
É um preparo para acompanhar pratos, mas pode fazer parte do prato principal. É crocante e combina com tudo!
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Refogado de moringa com lascas de coco
Quem já misturou folhas com frutas sabe a delícia que é. São tantos sabores e texturas explodindo na boca que só fazendo para constatar o quanto o prato é bom.
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