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O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), por meio do Programa de Consumo Sustentável, vai participar do segundo encontro do Intergovernmental Negotiating Committee (Comitê Internacional de Negociação) sobre a poluição do plástico no planeta. O evento vai ocorrer entre os dias 29 de maio e 2 de junho na sede da Unesco em Paris, na França.
O primeiro encontro ocorreu no fim do ano passado em Punta Del Este, Uruguai. Esta será a segunda sessão de negociações, com outras três previstas para acontecer no Quênia, Canadá e Coreia do Sul, até o fim de 2024. O objetivo do evento é elaborar um tratado internacional vinculante, que defina conceitos, prazos e acordos para a redução e até a eliminação do uso de plástico no mundo.
O coordenador do Programa de Consumo Sustentável do Idec, Rafael Rioja Arantes, vai representar o Instituto no evento. “Temas e abordagens serão discutidos e negociados por representantes de Estados, organismos multilaterais e organizações credenciadas de todo o mundo durante o evento. As principais questões postas visam a promoção de relações mais sustentáveis de produção e consumo, a partir do enfrentamento aos problemas que o uso de plástico geram nos diferentes ecossistemas e para a saúde humana. E, com especial enfoque, nas medidas que precisam ser adotadas nas esferas local, nacional, regional e mundial”, confirma.
O Idec vai compor uma delegação, a convite da Consumers International (Organização Internacional de Consumidores), que está credenciada junto ao sistema ONU para levar posicionamentos, acompanhar presencialmente e fazer falas durante o processo de negociações. A delegação é também composta pela Citizen Consumer and Civic Action Group (Consumidor Cidadão e Grupo de Ação Cívica), da Índia.
Além das negociações principais, o evento também contará com reuniões intercaladas, encontros entre líderes e eventos paralelos complementares à programação oficial. “Além de ser um momento de muitas trocas e debates, é também uma importante oportunidade para articular com diferentes organizações e atores para que o tratado resulte em diretrizes e compromissos ambiciosos e vinculantes. E, que incorpore nas negociações, e na implementação das diretrizes, as organizações da sociedade civil, e grupos diretamente afetados como comunidades e catadores”, completa Arantes.