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Na última quinta-feira (20), durante reunião no Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) criticou a redução de viagens no Passe Livre em São Paulo. Para o Instituto, a medida impactará diretamente o acesso pleno dos estudantes ao transporte.
Conforme explica o pesquisador em mobilidade urbana do Idec, Rafael Calabria, “a solução dada pelos órgãos públicos sempre foi cortar custos ou aumentar a cobrança dos usuários. No entanto, tais medidas pioram a qualidade do transporte coletivo e aumentam as barreiras de acesso da população, representando um claro retrocesso nas políticas de mobilidade urbana, tão fundamentais às cidades”.
Durante o encontro, o Idec defendeu que a Prefeitura da capital busque novas formas de cobrir os custos do transporte público e não limite benefícios que facilitam o acesso da população. "É necessário que a gestão municipal procure alternativas de financiar o custo do transporte, e não corte investimentos", explica Calabria.
Em julho, a Prefeitura determinou que os estudantes poderão fazer apenas quatro viagens durante duas horas e, em outro período do dia, mais quatro viagens durante duas horas. Antes, com o benefício era possível fazer até oito embarques no ônibus durante as 24h do dia.
“A Prefeitura deve entender que as gratuidades não são gastos, e sim investimentos em transporte coletivo; assim como o subsídio, que é o valor pago pelo orçamento público para financiar parte da tarifa de ônibus”, conclui o pesquisador.