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Cartões de crédito lideram dúvidas financeiras de ranking do Idec em 2017

Levantamento de atendimentos realizados no ano passado revela que questionamentos sobre Serviços Financeiros seguem entre os mais frequentes para os consumidores

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Atualizado: 

14/03/2018

O Idec divulgou nesta semana o ranking anual sobre dúvidas de consumo registradas em 2017. Na terceira posição, os atendimentos sobre Serviços Financeiros seguem entre as maiores demandas do Instituto, com 16,7% dos chamados. Apesar de sido identificada uma queda no percentual do setor em relação ao ano de 2016 (19,2%), o índice deste ano ainda maior do que os percentuais de 2015 e 2014 (13,7% e 15,3% respectivamente).

Dentro do segmento financeiro, os cartões de crédito lideraram o ranking com 25,7% dos chamados. Nesse assunto, merece destaque as alterações unilaterais de contrato, cobrança de tarifas sem prévio conhecimento do consumidor, e também a contestação de juros cobrados no crédito rotativo ou no parcelamento da fatura.

No segundo lugar do ranking financeiro figuraram os problemas relacionados a conta corrente/poupança, que são responsáveis por 23,6% dos atendimentos e apresentou importante crescimento em relação a 2016 (19,6%). As principais reclamações tratam de falta de informações adequadas e cobrança de tarifas bancárias em desacordo com o ofertado ao consumidor.

Veja abaixo os principais temas reclamados em 2016 e 2017:

Serviços Financeiros 2016

Serviços Financeiros 2017

Cartão de Crédito - 28,8% Cartão de Crédito - 25,7% ⬇
Conta Corrente/Poupança - 19,6% Conta Corrente/Poupança - 23,6% ⬆
Crédito Pessoal - 12,7% Crédito Pessoal - 8,6% ⬇
Crédito Consignado - 5,7% Seguros - 8,6% ⬆
Investimento e Previdência Privada - 5,7%

Financiamento de imóveis e veículos - 7,3% ⬆

Financiamento de Imóveis - 5,7% Investimento e Previdência Privada - 6% ⬆
  Crédito Consignado - 5,6% ⬇

Para Ione Amorim, economista do Idec, o alto índice de atendimento demonstra que as entidades financeiras ainda apresentam muitas falhas na relação com seus clientes. “O consumidor está cada vez mais exposto a oferta excessiva de crédito em plataformas virtuais com contratação automática ou por assédio por correspondentes bancários, sem comparar a taxa de juros, capacidade de pagamento e riscos embutidos nas contratações. Hoje vivemos uma epidemia financeira no País com 61,2% de brasileiros endividados de acordo com a pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio. Esse quadro precisa ser revertido e o investimento em educação financeira da população e proteção dos consumidores são fundamentais para o País avançar neste sentido ”, destaca a economista.

Juntos, o primeiro e segundo lugares totalizam quase 50% das demandas de serviços financeiros. Outro problema relevante registrado nas relações entre instituições bancárias e consumidores está relacionado a operações de crédito em geral: juntas, as reclamações envolvendo o crédito consignado, crédito direto ao consumidor e financiamentos de imóveis e veículos totalizam de 21,5% dos questionamentos. Nessa subcategoria foram questionadas principalmente cobranças indevidas e os critérios para o cálculo de juros e saldo devedor.