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18/01/2016
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18/01/2016
Desde 2012, mais de 57 mil pessoas já utilizaram a ferramenta para controle do orçamento doméstico; economista do instituto explica os benefícios para o consumidor
Organizar as finanças nesse início de ano é o desafio de muitas famílias. Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) tabular as despesas, planejar e cortar gastos são essenciais para garantir um maior controle do orçamento doméstico e evitar o endividamento. Por isso, o Instituto elaborou uma planilha que desde 2012 já auxiliou mais de 57 mil pessoas na administração das contas.
De acordo com a economista do Idec e responsável pela criação da ferramenta, Ione Amorim, o planejamento permite que o consumidor acompanhe a origem e o destino de suas receitas. Dessa forma, é possível identificar hábitos de consumo e definir prioridades; prever os rendimentos para o meses seguintes; contabilizar com mais clareza as contas parceladas e os pagamentos com cartão de crédito; e ainda organizar uma reserva financeira.
“Quando acompanhamos de perto as despesas fica muito mais fácil identificar onde estamos gastando demais. Organizar as contas ajuda ainda a economizar e a adotar hábitos de consumo consciente, e a garantir a sustentabilidade no futuro. O exercício pode ser um bom atalho para realização de sonhos, como a aquisição da casa própria ou de um carro novo", sugere Amorim.
Com as informações contidas na planilha do Idec, o consumidor preserva o histórico das despesas e também pode transferir os dados para outros aplicativos e tabelas do Excel. Com isso, ele realiza comparativos e ainda verifica quanto gastou com combustível durante o ano ou quantas vezes destinou sua verba para atividades de lazer por exemplo. “É possível inclusive comparar pelo detalhamento das contas pelo nome dos fornecedores. Com o passar do tempo, a base de dados de cada ano pode compor ainda planilhas comparativas com gastos de anos anteriores”, explica a economista.
Além do planejamento, essencial nessa época de crise financeira, são necessárias outras práticas que possibilitam uma administração saudável do orçamento. O consumidor deve se questionar, por exemplo, se realmente precisa daquele determinado produto ou serviço.
O Idec ainda recomenda realizar o máximo possível de compras à vista, evitar parcelamentos, pesquisar e pedir descontos sempre e, se for necessário parcelar, estar atento às taxas de juros - além do valor das parcelas. “Também é válido procurar poupar pelo menos 10% do salário, para que haja uma reserva para possíveis imprevistos. É importante formar uma poupança e inverter a lógica do crédito, ou seja, juntar o recurso antes e pagar à vista depois.”, conclui Amorim.