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Campanha pretende demonstrar que o casamento da etiqueta de eficiência energética com o carro dá certo, assim como o casamento da etiqueta com a geladeira, o fogão, a máquina de lavar roupa...
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), com a campanha #DesencalheaEtiqueta, (http://www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/desencalheaetiqueta) pretende mobilizar o maior número de pessoas para a importância de cobrar que seja obrigatória o que ainda voluntária: a etiquetagem de eficiência energética veicular.
Pesquisa realizada pelo Idec, publicada em maio desse ano (http://bit.ly/LBJI6h), verificou que as empresas praticam duplo padrão: nenhuma das 14 montadoras avaliadas informa para os consumidores brasileiros a eficiência energética e as emissões dos veículos comercializados no país, enquanto 13 montadoras, das 14 avaliadas, fornecem informações sobre esses aspectos aos consumidores em seus países de origem e/ou nos websites globais das empresas.
Os incentivos fiscais que o governo vem concedendo à indústria automotiva, com a redução das alíquotas de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados, poderiam estar aliados à política ambiental que estimulasse o aumento da eficiência energética veicular e a redução dos níveis de emissões de gases poluentes e CO2 dos veículos comercializados no país. Para o Idec, a obrigatoriedade da etiquetagem veicular deve ser uma exigência, em contrapartida aos benefícios ofertados ao setor.
Desde 2009, o Idec vem realizando pesquisas sobre a disponibilidade e a clareza da informação para o consumidor e constatou que, mesmo depois de três anos da existência do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), ainda é baixo o grau de adesão das montadoras ao programa.
O percentual de modelos etiquetados é relativamente baixo diante da totalidade dos modelos comercializados no país. Para a coordenadora executiva do Idec, Lisa Gunn, essa realidade compromete a decisão de compra do consumidor e a sua capacidade de influenciar o mercado, estimulando a inovação e mitigando problemas ambientais.
“A etiquetagem veicular, que ao garantir informação sobre eficiência energética e emissões veiculares, daria ao consumidor a oportunidade de considerar esses aspectos na hora da escolha, contribuindo para o consumo menor de combustível e a diminuição das emissões veiculares”, conclui Lisa Gunn, coordenadora executiva do Idec.
Nesse sentido, a campanha do Idec possibilita que todo consumidor possa participar, exigindo seu direito à informação e assumindo, junto com o governo e as empresas, a responsabilidade pelo desenvolvimento de padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
Mais informações sobre o Idec na Rio+20
http://www.idec.org.br/riomais20/