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19/04/2017
Atualizado:
19/04/2017
Após cobrar autoridades responsáveis, Instituto recebe informações sobre marca, lote e prazo de validade dos produtos fraudados
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) recebeu, no último dia 10 de abril, uma lista da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) com o nome dos produtos alvos da Operação Carne Fraca, além das marcas, lotes, datas de validade e não conformidades encontradas. A resposta veio após uma carta enviada pelo Idec no dia 31 de março à Senacon, ao Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, solicitando informações sobre os produtos fraudados na Operação.
De acordo com o ofício recebido pelo Instituto, foram abertas investigações em relação a vinte e três empresas até o momento, como BRJ, JBS, dentre outras. Entre os produtos com irregularidades, estão salsichas, linguiças, hambúrgueres e frangos congelados. A Senacon determinou o recolhimento cautelar de todos as mercadorias consideradas fraudadas.
O Idec continua aguardando mais informações do MAPA em relação à fiscalização da cadeia produtiva de carne e derivados no Brasil para que essas fraudes e irregularidades sejam corrigidas e o problema não se repita.
O Instituto pede que o consumidor fique atento ao fazer as compras. Caso algum produto citado seja localizado em um estabelecimento comercial, é necessário informar ao gerente do local para que o retire imediatamente do ponto de venda. Além disso, é importante informar às autoridades competentes, como MAPA e Senacon. Caso o consumidor encontre algum produto listado em casa, é necessário entrar em contato com o SAC do fabricante para exigir a imediata substituição ou a restituição da quantia paga, monetariamente atualizada.
Os desdobramentos da operação Carne Fraca
A operação Carne Fraca começou no dia 17 de março, após denúncias de fraudes e irregularidades em frigoríficos do país. O Idec enviou uma carta ao MAPA no dia 20 de março, pedindo recall imediato e informações detalhadas dos produtos fraudados, até que fossem sanados os problemas que colocam em risco a saúde e a segurança dos consumidores.
No dia 31 de março, ao saber da suspensão do recall de carnes provenientes de três frigoríficos, o Idec enviou outra carta ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, ao Ministro da Justiça, Osmar José Serraglio e ao Secretário da Senacon. Arthur Luís Mendonça Rollo, pedindo explicações e mais detalhes sobre os desdobramentos da Operação.