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Idec defende fim da gordura trans no país

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Atualizado: 

01/04/2016
Projeto de lei que proíbe substância no Brasil segue para o Senado; Pesquisa do Idec, apresentada durante audiência pública da Anvisa, evidencia que 95% dos entrevistados são favoráveis à decisão 
 
Na última quarta-feira (30), o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 8194/14 que proíbe o uso de gordura vegetal hidrogenada em alimentos no Brasil. Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) o PL é relevante, pois poderá acelerar o processo de retirada da gordura trans artificial em alimentos do mercado brasileiro. 
 
O projeto ainda passará por ajustes que serão encaminhados pelo Idec aos Senadores. De acordo com a nutricionista e pesquisadora do Instituto, Ana Paula Bortoletto, “não restam dúvidas sobre os efeitos negativos dessa substância para a saúde e que as medidas adotadas até o momento são falhas e insuficientes”.  
 
No dia 28 de março, o Idec apresentou posicionamento a favor da proibição do uso de gordura trans artificial em alimentos no Brasil durante audiência pública da Anvisa. As colocações foram baseadas em uma pesquisa online sobre o tema que o Instituto realizou entre os dias 3 e 23 do mesmo mês. O levantamento inédito contabilizou 1.624 participações e evidencia que 95% é a favor da proibição do uso dessa substância. 
 
De acordo com o estudo do Instituto, 97,3% das pessoas sabem que consumo de gordura trans faz mal à saúde e aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Mas, 89% acredita consumir gordura trans sem perceber, principalmente em restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. 
 
O uso de gordura trans foi proibido em alguns países. Você acha que o governo brasileiro também deveria proibir seu uso?
 
 
Desde 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a redução do consumo até o limite de 2 gramas/dia. Porém, a falta de padronização e a ausência de ações regulatórias ainda prejudicam o consumidor. “A declaração na tabela nutricional, por exemplo, permite que o fabricante informe zero, mesmo que o teor seja igual ou menor que 0,2 gramas na porção declarada”, explica Bortoletto. Portanto, não significa que a gordura trans não esteja presente no alimento. 
 
Após a audiência, a Anvisa abriu um formulário online para ouvir a opinião da sociedade sobre o tema até  o dia 11 de abril. O Idec e outras organizações da sociedade civil se manifestam a favor de medidas mais restritivas para o uso da gordura trans artificial em alimentos, considerando que é necessário promover ambientes alimentares saudáveis para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.