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Idec critica relatório da Anvisa sobre riscos de agrotóxico em alimentos

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Atualizado: 

16/12/2016
Na última sexta-feira (25), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou relatório sobre os resultados do Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). O monitoramento avaliou mais de 12 mil amostras coletadas entre 2013 e 2015 em 27 Estados e no Distrito Federal.
 
Este ano, a metodologia considerou pela primeira vez os riscos agudos. Ou seja, o risco de se apresentar problemas de saúde em até 24 horas após a ingestão do alimento contaminado. De acordo com a nutricionista do Idec, Mariana Garcia, “o foco pode levar o consumidor ao engano sobre o real grau de contaminação dos alimentos por agrotóxicos”.
 
Garcia explica que doenças como câncer, distúrbios endócrinos, distúrbios neurológicos, malformações fetais, entre outros são de natureza crônica.  “O fato do alimento não apresentar risco agudo não significa que ele não possa causar problemas à saúde. Dessa forma, o relatório pode confundir o cidadão”, critica a nutricionista. 
 
Quando analisados os dados sobre irregularidades, o Idec também constatou que o pimentão continua o mais “problemático” com 89% das amostras irregulares (agrotóxicos acima do limite permitido e/ou proibido para essa cultura). Na sequência está a abobrinha com 78% e a uva com 75%. Já quando se considera apenas a presença de resíduos de agrotóxicos acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR) o morango é o “campeão”, seguido do abacaxi e da uva. 
 
“Além da transparência e da adoção de medidas para reduzir o uso de agrotóxicos no País, deve-se estimular os modelos alternativos, como a agroecologia e a produção orgânica, como é proposto no Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos”, finaliza a nutricionista.