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Você já pensou que suas escolhas alimentares não são feitas de forma tão livre quanto acha? O documentário Big Food: O Poder das Indústrias de Ultraprocessados traz a reflexão para o público de como a sua alimentação está na mesa de negociação das grandes empresas de alimentos e bebidas.
Realizado pelo Idec, em parceria com o Coletivo Bodoque, o filme ganhador do prêmio Rome Independent Prisma Awards na categoria melhor mini documentário terá seu lançamento oficial nesta quinta-feira, 18 de novembro, às 17h no canal do YouTube Alimentando Políticas. O evento contará com a presença da diretora do filme Chica Santos, da coordenadora do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto Janine Coutinho, da consultora técnica do programa Ana Paula Bortoletto e de Valéria Burity, secretária-geral da FIAN- Brasil.
Big Food é o nome dado às grandes corporações de alimentos e bebidas ultraprocessados, como lasanhas congeladas, salgadinhos e refrigerantes, que estão no mundo inteiro e adotam estratégias para influenciar em políticas públicas que impactam nos hábitos alimentares, condições de trabalho e uso de recursos naturais. Só no Brasil, essas empresas faturam anualmente R$ 700 bilhões.
“Enquanto essas empresas enriquecem vendendo produtos nada saudáveis, vidas estão sendo perdidas em todo mundo devido ao aumento das doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, que estão diretamente relacionadas ao consumo de ultraprocessados”, afirma Ana Paula Bortoletto.
Hoje, 1 em cada 10 pessoas no mundo tem diabetes, segundo o 10ª Edição do Atlas Diabetes 2021, um aumento de cerca de 16% em comparação aos dados de 2019. O Brasil é o país com maior número de pessoas com diabetes na América Latina e o quinto no mundo, são 16,8 milhões de pessoas com a doença. A cada 5 segundos uma vida é perdida devido a doença no mundo.
Sinopse
No Brasil, enquanto milhares de pessoas sofrem de doenças relacionadas à má alimentação, as indústrias de alimentos e bebidas ultraprocessados, que têm como produtos salgadinhos, lasanhas congeladas e refrigerantes, vêm se tornando uma das maiores barreiras para a implementação de políticas públicas que poderiam facilitar o acesso à alimentação saudável. Os prejuízos bilionários estão sendo pagos com nossas próprias vidas.
No documentário, diferentes especialistas analisam o poder que essas corporações do ramo de alimentos e bebidas ultraprocessados concentram, em nível nacional e internacional, e alertam sobre as suas perigosas relações com o poder público.
Ficha Técnica
Direção cinematográfica: Anderson dos Santos e Chica Santos
Produção executiva: Chica Santos e Rafael Mellim
Fotografía: Paula Monte, Laura Aidar, Rafael Mellim
Captações extras: Fabricio Menicucci, Marina Gurgel
Formato: Full HD
Duração: 22min 47seg
Idiomas: Português, inglês e espanhol
Teaser: https://youtu.be/j5FYYo-lwdg
Agendamento de exibições: https://alimentandopoliticas.org.br/big-food/
SOBRE O IDEC
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) é uma associação de consumidores que não possui fins lucrativos. Promove, desde 1987, a educação, a conscientização e a defesa dos direitos do consumidor, por relações de consumo mais justas. Sem vínculos com governos, partidos políticos ou empresas, mantém sua independência pela contribuição de associados e apoiadores. Seu propósito é a preservação e garantia de direitos a partir de uma atuação que busca alternativas para prevenção e resolução de conflitos de consumo, especialmente nas áreas de alimentação saudável e sustentável, serviços financeiros, saúde, mobilidade urbana,energia, telecomunicações e direitos digitais.
SOBRE O COLETIVO BODOQUE
O Coletivo Bodoque é um agrupamento criativo de artistas, que produz conteúdo audiovisual para diversos segmentos, como TV, cinema, web, e utiliza a ferramenta audiovisual como meio de conscientização, garantia de direitos e aprofundamento da democracia. Na última década, atendeu instituições do terceiro setor e fez parcerias com canais de TV. Como reconhecimento de seus trabalhos, foi premiado nos principais festivais e alcançou públicos em diferentes partes da América Latina.