O baixo nível de conhecimento sobre educação financeira é um dos entraves que as mulheres enfrentam, tanto no cotidiano quanto na esfera profissional. isso dificulta que elas participem de forma plena na economia e para que tenham independência nas suas tomadas de decisão em diferentes áreas da sociedade. Por isso, o Idec criou um projeto focado na capacitação em educação financeira de mulheres negras, LBTI e em situação de vulnerabilidade social, visando promover a independência e o empoderamento econômico feminino.
O projeto-piloto, implementado no início de 2021 pela equipe do Idec e a educadora financeira Bia Santos, da Barkus Educacional, capacitou mais de 150 mulheres de diferentes regiões do Brasil, e teve apoio da União Europeia e o Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GTSC-2030). Devido a pandemia, o curso foi 100% online, com aulas realizadas durante três sábados. Dinâmicas e esclarecimentos de dúvidas foram feitos via Whatsapp ao longo das três semanas do curso. Conheça um pouco mais sobre o projeto e saiba como apoiá-lo.
Público-alvo atingido durante o projeto piloto
• 171 mulheres selecionadas no projeto
• 98% negras 2% indígenas
• 66% com renda mensal menor que 1 mil reais e 34% sem renda mensal
• 90% identificam-se como Mulher cis e 10% como Não-binário
• 54% Sudeste, 38% Nordeste, 3% Centro-oeste, 2% Norte, 2% Sul e 1% Internacional
Por que o projeto é importante?
A chefia das mulheres nos domicílios brasileiros tem crescido bastante e com isso, também suas responsabilidades financeiras. Segundo o Ipea, em 1995, 23% dos domicílios tinham mulheres como pessoas de referência, já em 2018 o número subiu para 45%.*
O Brasil conta com cerca de 60 milhões de brasileiros em situação de endividamento, sendo que a metade, 30 milhões de pessoas, estão superendividadas. A condição de endividamento é agravada nos grupos sociais mais vulneráveis, vítimas da desigualdade, discriminação e violências.
A pandemia e a crise econômica têm impactado a vida de muitos brasileiros, e as mulheres em especial são atingidas de muitas formas. Além da sobrecarga de trabalho e dos índices de violência doméstica, elas também lideram a fila dos desempregados. Em setembro de 2020, a taxa de desemprego chegou a 16,9% em setembro entre as mulheres brasileiras, maior que a dos homens (11,8%).
*https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_acymailing&ctrl=archive&task=view&listid=10- / https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2020/02/16/internas_economia,1122167/quase-metade-dos-lares-brasileiros-sao-sustentados-por-mulheres.shtml ** Estudos do Idec feitos partir da Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) ***https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/10/taxa-de-desemprego-chega-a-17-entre-mulheres-e-16-entre-negros.shtml
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