A chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil acentuou uma crise econômica que já afetava especialmente as mulheres. Majoritárias nos setores de serviços e em trabalhos autônomos – os mais afetados pela crise sanitária – muitas delas perderam suas fontes de renda.
Elas ainda sofrem com o machismo estrutural e desigualdades salariais. Considerando que a independência financeira é uma possibilidade de emancipação para os grupos sociais mais vulneráveis, nós do Idec, criamos um conteúdo exclusivo e totalmente gratuito sobre educação financeira, pensando em ajudar mulheres.
Aqui você vai encontrar vídeo aulas, materiais de apoio, perguntas & respostas e um espaço para você conhecer mais do nosso projeto.
Todos os vídeos abaixo são parte de uma capacitação feita por e para mulheres, junto com a educadora financeira e CEO da Barkus Educacional, Bia Santos. A capacitação foi realizada em janeiro de 2021, em três sábados e reuniu mais de 150 mulheres de diferentes cantos do Brasil.
O material foi editado para que o conhecimento possa ser compartilhado por mais e mais mulheres. Vamos espalhar informação!
Escolha o tópico de seu interesse e aprenda com a educadora financeira Bia Santos!
O que é educação financeira
Antes de tudo: você sabe o que significa educação financeira? Por que ela é tão importante nas nossas vidas? Descubra!
Por que ela é tão importante nas nossas vidas? Clique e descubra!
Quais são seus sonhos? Vamos colocá-lo no papel? Nós te ajudamos.
Você sabe realmente quanto está gastando? Monitore seu consumo!
Não sabe por onde começar? A gente te ajuda a dar o primeiro passo.
Não consegue mudar comportamentos antigos? A gente te ajuda.
Você sabe o que precisa e o que dá para fazer com seu dinheiro? Planeje-se!
Aprenda como fazer seu pé de meia para enfrentrar tempos de crise.
Está difícil guardar dinheiro? A gente te dá algumas dicas pra começar.
Veja uma lista de erros comuns para você não ter mais problemas.
Ele pode ser seu amigo ou inimigo. Saiba quando usá-lo é bom pra você.
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Acompanhe os conteúdos das videoaulas com o material de apoio, organizado pela educadora financeira Bia Santos.
Perguntas mais frequentes
Em termos de planejamento financeiro, como definir curto, médio e longo prazo?
Em geral, as pessoas se referem a curto prazo para objetivos de até 1 ano, médio prazo para objetivos de 1 a 5 anos e longo prazo a partir de 5 anos. Porém, esses parâmetros podem mudar de acordo com o seu momento de vida. Para uma pessoa mais jovem, de 18 anos de idade, longo prazo pode significar 30 anos, assim como para uma pessoa mais velha, de 70 anos, longo prazo pode significar 5 anos. O importante é encontrar, dentro do seu momento, as definições que fazem mais sentido para você.
Como guardar dinheiro sem receita mensal fixa?
Se você é autônomo ou empreendedor, provavelmente sua renda oscila ao longo do mês. Por isso, pode ser mais difícil poupar com certa constância. O ideal é você acompanhar sua vida financeira de perto ao longo de um mês e estimar quanto de dinheiro, em média, você ganha e gasta, mesmo tendo diferença em determinados períodos. A partir disso, você conseguirá avaliar o quanto é possível poupar, dentro da sua realidade, e se planejar para isso. Você pode começar poupando pouco, mas não deixe de começar.
Onde guardar meu dinheiro?
Assim que você fizer uma graninha sobrar todos os meses, é importante escolher onde vai deixar o seu dinheiro. Existem algumas ótimas opções de investimentos para quem quer começar a construir sua reserva de emergência, com a possibilidade de resgatar o dinheiro a qualquer momento caso necessário. Ao invés de deixar o dinheiro na gaveta, cofrinho ou embaixo do colchão, você pode aplicar na caderneta de poupança, que é um dos investimentos mais conhecidos, apesar de também ter um dos rendimentos mais baixos do mercado. Outro investimento interessante é o CDB, que significa Certificado de Depósito Bancário, é um título privado e super fácil de adquirir. Busque CDBs que tenham rendimento diário em uma corretora e aplique seu dinheiro sempre que quiser. Assim, você vai criando sua reserva de emergência e multiplicando seu dinheiro ao mesmo tempo.
É necessário contabilizar pequenos gastos? (Ex: cerveja, doces, salgados)
Sim, esses pequenos gastos, quando repetidos ao longo do mês, podem somar uma grande quantia de dinheiro e atrapalhar seu planejamento. Por isso, é importante anotar esses pequenos gastos. Hoje, existem diversas ferramentas que ajudam no registro dos seus gastos, como aplicativos gratuitos para celular, planilhas automatizadas no Excel e até o famoso caderninho. O importante é não perder o controle dos seus gastos.
Como estabelecer o valor para reserva de emergência?
A reserva de emergência é o famoso colchão financeiro, e serve como um fundo para imprevistos ou oportunidades. Hoje, um dos imprevistos que mais endividam nossa população é a perda do emprego. Pensando nisso, para calcular o valor da reserva de emergência, você pode multiplicar o quanto gasta mensalmente com suas despesas básicas pelo número de meses que deseja para se sentir mais segura. Exemplo: se meus gastos básicos mensais somam R$1.000 e quero acumular o suficiente para viver por 3 meses com as contas pagas, caso alguma emergência aconteça, minha reserva de emergência seria de R$1.000 x 3 = R$3.000.
Usar crédito é errado? Quando usar crédito é permitido/recomendável?
Não, usar crédito pode ser bastante positivo em alguns casos. Usar crédito significa abrir mão de um recurso financeiro futuro em prol do consumo imediato. Se você for empreendedora, por exemplo, acessar crédito para o capital de giro ou crescer seu negócio pode ser uma ação inteligente, quando bem planejada. Em casos de emergência, quando um eletrodoméstico super necessário quebra, também pode ser utilizado. O cuidado é não acessar crédito para bens supérfluos ou como renda extra, sem levar em consideração seu orçamento mensal. A parcela precisa caber dentro da estimativa financeira do seu mês.
Tenho diversas dívidas. Como começo a pagar e colocar prioridades entre elas?
Se você tem dívidas, o primeiro passo é fazer uma lista com todas as informações referentes a cada uma delas: qual o valor total da dívida, quantas parcelas já foram pagas, quantas parcelas faltam pagar, qual o valor da parcela, juros que estão sendo cobrados e se é possível negociar. A partir disso, é preciso criar um plano de pagamento de acordo com o seu momento financeiro e orçamento mensal. Em alguns casos que envolvem cobranças ou juros abusivos, é possível acionar um advogado e acionar a instituição financeira judicialmente. Em casos de endividamento e superendividamento, também é possível buscar a Defensoria Pública do seu estado e pedir por acompanhamento gratuitamente.
Como começar a investir?
Antes de pensar em investir, é necessário ter seus objetivos definidos e estar organizada financeiramente para que sobre dinheiro e tenha recurso para investir. Para começar a fazer suas aplicações financeiras, é preciso ter uma conta no banco ou em uma corretora e escolher um investimento que faça mais sentido com o prazo do objetivo que você estabeleceu. Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA são investimentos seguros e mais fáceis, ótimos para quem está começando. Busque conhecer mais sobre esse mundo em sites confiáveis, como o Banco Central, CVM e B3.
Dá para investir com pouco dinheiro?
Sim, é super possível. Hoje, existem corretoras de investimentos que possibilitam você começar com apenas 1 real. Busque conhecer mais sobre investimentos de renda fixa, que são os mais seguros, previsíveis, exigem uma aplicação menor e são ideais para você, que está iniciando.
Qual a diferença de investimentos de renda fixa e renda variável?
Comprar um imóvel ou terreno é considerado um investimento?
Depende de como você faz uso desse bem. Um investimento é caracterizado por dar retorno financeiro para seu investidor. Se você adquire um imóvel para alugar ou compra um terreno para construir um negócio, ele consequentemente se torna um investimento, porque está gerando mais renda para você. Caso você compre o imóvel ou terreno para construir sua casa e morar, é uma despesa a mais para você. Isso não significa que seja uma escolha ruim, afinal, ter a casa própria é o sonho de muitos brasileiros. Porém, não é considerado um investimento.
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SOBRE O PROJETO
O Idec criou um projeto focado na capacitação em educação financeira de mulheres negras, LBTI e em situação de vulnerabilidade social, visando promover a independência e o empoderamento econômico feminino.
O projeto-piloto, implementado no início de 2021 pela equipe do Idec e a educadora financeira Bia Santos, da Barkus Educacional, capacitou mais de 150 mulheres de diferentes regiões do Brasil, e teve apoio da União Europeia e o Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GTSC-2030).
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