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Idec se posiciona a favor de sanção de lei que acaba com cobrança de ponto extra na TV paga em São Paulo

Instituto apoia de projeto de lei que prevê punição a operadoras, além da oferta de decodificadores caso o sinal não seja ofertado para aparelhos universais

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Atualizado: 

02/02/2018

O Idec enviou nesta quarta-feira (31) carta ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, em apoio ao PL (projeto de lei) nº 844/2017, aprovado na Assembleia Legislativa, que visa a penalizar as operadoras de TV por assinatura que continuarem a cobrar pelo ponto adicional. Para começar a valer, a norma paulista depende da sanção do governador. 

A cobrança pelo ponto extra é proibida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) desde 2012, mas continuou ocorrendo. O PL paulista pretende dar efetividade à regra. Além de prever sanção em caso de descumprimento, estipula que, caso a empresa não consiga disponibilizar o sinal para um aparelho decodificador universal - que pode ser de qualquer empresa -, que a operadora forneça o equipamento ao usuário sem custo adicional.

“O projeto traz muitos benefícios. Além de avançar na promoção da liberdade do usuário, prevê punições que incentivam a livre utilização dos decodificadores universais”, comenta  Rafael Zanatta, pesquisador e advogado em telecomunicações do Idec.

Desde 2007, a Anatel vêm discutindo o assunto. A polêmica chegou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 2017, quando o tribunal julgou lícita a cobrança de aluguel dos decodificadores e negou o pedido de restituição em dobro por cobranças feitas no passado.

Segundo o pesquisador, a regra da Anatel foi desenhada para evitar a prática de venda casada, que induziria o consumidor a utilizar exclusivamente o aparelho da empresa, estimulando a liberdade de escolha do usuário. No entanto, as operadoras encontraram brechas na resolução e continuaram impedindo que o usuário usasse seu próprio decodificador. “As empresas de TV por assinatura passaram a afirmar que, por motivos técnicos, seu sinal era incompatível com aparelhos universais, e os consumidores eram compelidos a adquiri-los”, aponta Zanatta.

As regras criadas em São Paulo têm como objetivo descentralizar essa oferta e dar mais opções aos consumidores. O governador Geraldo Alckmin tem até 2 de fevereiro para se manifestar sobre o projeto. Caso não se posicione, a norma passa a valer em todo o Estado.