O Idec enviou nesta segunda-feira (27) suas contribuições para as audiências públicas que serão realizadas em 5 de dezembro, em Brasília, com o objetivo de debater a proposta do Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética (CGIEE) sobre novos níveis de eficiência energética para aparelhos de ar condicionados e refrigeradores.

Para o Idec, a proposta apresentada pelo CGIEE é positiva, pois mostra um avanço sobre os níveis mínimos de eficiência energética aceitáveis para esses aparelhos, mas deveria ser mais ambiciosa. “Ambos equipamentos têm um nível de consumo maior no Brasil do que em outros lugares no mundo, ou seja, um equipamento brasileiro consome até 60% a mais que um similar na Índia“, afirma Clauber Leite, pesquisador em energia do Idec.

Além de enviar suas contribuições, o Idec e outras entidades como o Instituto Clima e Sociedade (ICS), Uma Gota do Oceano e organizações de defesa do consumidor solicitaram os estudos técnicos que serviram de base para a proposta apresentada pelo CGIEE. Também foi sugerido para o governo pré-definir uma agenda para discutir um projeto mais ambicioso em relação aos níveis de eficiência energética nesses aparelhos.

A justificativa para as melhorias apresentadas pelas entidades foi baseada em estudos que apontam que a maioria das empresas já possuem aparelhos com níveis de eficiência melhores do que os propostos pelo CGIEE, ressaltando que os níveis exigidos para os mesmos equipamentos no Brasil é bem inferior do que em outros países, inclusive alguns com semelhança socioeconômica com o Brasil, como Índia e México.

As duas audiências públicas marcadas para o dia 5 de dezembro foram organizadas pelo Ministério de Minas e Energia para estabelecer uma nova regulamentação específica e um novo programa de metas para coeficientes de eficiência energética para aparelhos de ar-condicionado e para refrigeradores e congeladores. O Idec será representado no evento pelo pesquisador Clauber Leite.